Professor que beijou aluna de 13 anos diz sofrer ‘compulsão sexual’

Professor de educação física enviou fotos de sua genitália a uma aluna / Reprodução/Metrópoles

O professor de educação física que enviou fotos de sua genitália a uma aluna de 13 anos e admitiu ter dado um beijo na adolescente dentro da escola municipal Paulo Freire, em Embu das Artes, Grande São Paulo, disse à polícia que sofre de “compulsão sexual” e que “não consegue recusar” quando recebe uma oferta de sexo.

O homem, de 39 anos, justificou o comportamento dizendo que foi a menina quem pediu os “nudes” e que ela teria dito estar familiarizada em ter relações sexuais com maiores de idade.

Sem dar detalhes, o homem disse ter tido um “problema” com outra menina de 13 anos em 2019. Ele é investigado pelo 1º Distrito Policial da cidade e foi afastado da escola pela Secretaria da Educação de Embu das Artes.

O professor foi levado à delegacia pela Polícia Militar após a mãe da adolescente, se passando pela menina, marcar um encontro com ele pelo Instagram. A mulher acessou o celular da filha após desconfiar de que eles estavam se relacionando.

Depois de prestar depoimento, o suspeito foi liberado. Segundo a Polícia Civil, as condições para uma prisão em flagrante não estavam configuradas.

Mensagens

A suspeita sobre uma relação entre a adolescente e o professor surgiu após a menina sair de casa na véspera do feriado de 9 de julho e passar uma noite fora. Questionada, uma colega da menina disse à família que ela poderia estar com o professor.

A partir da informação, a mãe acessou o Instagram da filha e leu as conversas entre os dois. As mensagens não indicavam que eles tinham passado a noite juntos, mas mostravam que, dias antes, o homem havia convidado a adolescente para passeios, falado sobre intimidades e enviado fotos nu.

A mãe da menina marcou o encontro com o professor na tarde do dia 9 de julho. “Quer comer por aí primeiro? Assim que você comer me avisa e eu já te busco”, escreveu ele.

A mãe da menina marcou o encontro com o professor na tarde do dia 9 de julho. “Quer comer por aí primeiro? Assim que você comer me avisa e eu já te busco”, escreveu ele.

“Vocês que são mãe vão entender a dor e a indignação que minha irmã está sentindo. Esse monstro, que não posso nem chamar de professor, é um pedófilo. Eu nunca vi professor fazer o que esse lixo estava fazendo. Dando chocolate para uma criança de 13 anos, dando selinho, fazer outras coisas que vocês já podem imaginar”, escreveu Rosiele.

A mulher disse estar indignada com o fato de, mesmo sendo alvo de uma denúncia de outra menina de 13 anos em 2019, ele continuar dando aula.

Outras vítimas

Ao Metrópoles, Rosiele afirmou que, após a repercussão do caso nas redes, apareceram mais de 10 vítimas relatando histórias parecidas sobre abusos cometidos pelo mesmo homem.

“Não gostaria de ser exposta, mas eu fui uma vítima. Eu e dois amigos, quando eu tinha 14 anos”, teria confessado uma pessoa.

Afastamento

O prefeito de Embu das Artes, Ney Santos (Republicanos), divulgou um vídeo em seu perfil no Instagram em que anunciou o afastamento do professor, que chamou de “vagabundo”, e prometeu Justiça.

“Isso não pode ser chamado de professor, e sim de vagabundo. Desde que tomamos conhecimento, nosso secretário de Educação, Clecius, entrou em contato com a família e nós colocamos todo o nosso jurídico empenhado em punir esse vagabundo. Não só como prefeito, como pai, cidadão embuense, não vamos admitir situações como essa”, afirmou.

BATANEWS/METRóPOLES

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