Uma babá de 34 anos, foi presa após ser flagrada agredindo duas crianças, sendo uma delas uma bebê de apenas oito meses, na cidade de Recife, em Pernambuco.
O fato ocorreu no último domingo (12), no apartamento onde as crianças moram com a família. Segundo noticiado pelo Diário de Pernambuco, as vítimas estavam com a cuidadora e os pais se preparavam para o almoço de Dia das Mães.
As agressões aconteceram na área de convivência do condomínio onde os pais da vítima moram, na Ilha do Retiro. A Polícia Civil informou que investiga o crime. A mulher foi levada para a audiência de custódia e ficou à disposição da Justiça. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que ela teve a prisão preventiva confirmada e já seguiu para a Colônia Penal Feminina do Recife, na Zona Oeste.
Imagens do circuito interno de videomonitoramento do prédio flagraram os momentos das agressões.
Ainda segundo o Diário de Pernambuco, A babá, por diversas vezes, é flagrada em conduta agressiva contra os menores e chega, em alguns momentos, a agredir as crianças. Em uma das imagens, é possível ver que a agressora “chacoalha”, de forma agressiva, a bebê. Segundo a mãe da menor, os maus-tratos resultaram em hematomas nas costas da vítima. Em outras imagens, é possível ver que a cuidadora agredindo a unhadas a criança mais velha, no momento em que ela troca a fralda do menor. As duas vítimas passaram por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, na área Central da capital, para que fosse registrado os sinais de violência e o laudo ser anexado no inquérito policial.
Drama
Preferindo não ser identificada, a mãe das vítimas contou ao Diario de Pernambuco o drama que viveu ao constatar os sinais de violência nas duas crianças.
A mulher, que é advogada, compartilhou imagens que mostram sinais de unhadas e manchas roxas no corpo do filho mais velho, de dois anos. Além disso, ela fala que a filha mais nova, de apenas oito meses, também apresentava hematomas após as agressões sofridas.
“As agressões aconteceram no momento em que deixei meus filhos sob os cuidados dela, na área de convivência do prédio, enquanto eu e meu marido preparamos o almoço do Dia das Mães. Tudo isso aconteceu em um intervalo de uma hora e vinte. Só percebemos depois as manchas roxas e os sinais de unhada no corpo dos meus filhos. Ela negou veementemente. Disse na delegacia que estava ‘brincando’. É um absurdo! O sentimento é de angústia e revolta, ainda mais no Dia das Mães. Olha o presente que ganhei, um show de horrores. Ela também é mãe. É uma pessoa sonsa e fria. Tratava meus filhos, na minha frente, como se fosse pão-de-ló. Antes de ver as imagens, eu acreditava que ela tinha amparado meu filho de uma suposta queda, mas, ao checar, as imagens, constatamos as agressões. Acreditamos que ela confiou que não seria flagrada pelas câmeras”, relatou a mãe das vítimas.
Ela contou que contratava os serviços da babá desde fevereiro deste ano, em que a profissional era folguista e trabalhava na casa dos pais dos menores somente aos fins de semana.
“Dentro de casa, temos câmeras para, justamente, impedir as pessoas maldades contra meus filhos. Dentro da nossa casa ela não tratava eles assim. Se mostrava uma pessoa religiosa, com a fala mansa. Porém, após o ocorrido, se demonstrou uma pessoa sem remorso, muito pelo contrário, queria colocar a culpa na minha filha, uma bebê de oito meses. Ela alegou que foram as unhas da minha filha que deixaram marcas no meu filho mais velho. Mas, como uma bebê de oito meses teria a capacidade de arranjar outra pessoa? Ela não tem unha grande, é apenas uma bebê”, enfatizou a mãe das vítimas.
Ação A mãe contou que, após constatar as agressões, entrou em contato com a polícia e uma viatura da PM foi até o condomínio da família.
Foi daí que a agressora foi detida em flagrante e conduzida para a 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), no bairro de Santo Amaro, na área Central do Recife. Lá o caso foi registrado como maus tratos.
“Eu queria que outras crianças não passassem por isso. Eu corro o risco de denunciar para que outras crianças não passem o que meus filhos passaram. Ela também é mãe, e como faz isso com os filhos dos outros? Não se coloca no lugar de ninguém”, relatou a mãe das vítimas.
(Com informações Diário de Pernambuco)