Mato Grosso do Sul deve ter epidemia de dengue em 2024, prevê Ministério da Saúde

Mosquitos Aedes aegypti com a bactéria wolbachia, que o impede de transmitir os vírus da dengue, zika e chikungunya. Foto: Fiocruz

Em 2023, a dengue fez 40 vítimas fatais em Mato Grosso do Sul, o segundo maior resultado em nove anos. Ao longo do ano, mais de 40 mil pessoas contraíram a doença no Estado, o que mostra que 2023 foi um ano de alta incidência de dengue. Para 2024, o Ministério da Saúde alerta para a possibilidade de uma epidemia de dengue.

Nesta sexta-feira (08), o Ministério da Saúde realizou uma coletiva para falar sobre a tendência de aumento da doença no país, e a necessidade de medidas de controle. Para isso, vai investir R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses no Brasil.

Outra estratégia é uma nova campanha de conscientização que será lançada com o tema: “Combate ao Mosquito: para fazer diferente, precisamos agir antes”. Os estados com maior incidência de dengue são Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal e Goiás.

Mudanças climáticas podem contribuir para incidência de dengue

As mudanças climáticas, como o aumento das chuvas e do calor, estão diretamente relacionadas com a previsão de epidemia de dengue em 2024. A Organização Mundial da Saúde aponta para a combinação entre calor e chuva intensas, provocadas pelo El Niño.

E, ainda, ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus no Brasil.  Com as mudanças climáticas, altas temperaturas e períodos chuvosos, a expectativa é que o número de criadouros aumente. Por esse motivo, é preciso o empenho da sociedade para eliminar os criadouros e evitar água parada.

As medidas são simples e podem ser implementadas na rotina. O Ministério da Saúde sugere que a população faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana.

Vacina contra a dengue

O Ministério da Saúde informou ainda que a análise da vacina contra a dengue está entre as prioridades. A análise da vacina Qdenga está sendo feita pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

A pasta monitora atentamente as novas tecnologias que podem auxiliar no enfrentamento às doenças e abriu consulta pública nesta sexta-feira sobre a proposta de incorporação do imunizante no Sistema Único de Saúde (SUS). A Conitec deu recomendação inicial favorável à incorporação para localidades e públicos prioritários que serão definidos pelo Programa Nacional de Imunizações, considerando as regiões de maior incidência e transmissão e nas faixas etárias de maior risco de agravamento da doença. As contribuições serão organizadas e avaliadas pela comissão, que emitirá uma recomendação final.

Em laboratórios particulares de Campo Grande a vacina já está disponível. Apresenta uma variação de preço que pode chegar a mais de R$ 300. Liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), imunizante é produzido pela farmácia japonesa Takeda e tem eficácia comprovada de 80% nos estudos clínicos.

 

 

*Midiamax – Priscilla Peres

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