O adjunto da Secretaria de Educação do Estado e mais três pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (29) em operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em conjunto com o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção). Édio Antônio Resende de Castro está no Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada) junto de mais um homem e duas mulheres.
Outro nome confirmado é de Simone de Oliveira Ramirez Castro, que integra o governo como técnica do pregão de licitações do Estado. No governo estadual, Édio foi subsecretário da Casa Civil (2016) e subsecretário de Comunicação (2018). Assumiu como adjunto da Educação ainda na administração passada.
O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Correa, disse que não sabe do que se trata a operação. “Fomos surpreendidos com a ação e sequer temos conhecimento do que se trata, portanto não tenho como contribuir”.
No currículo, Édio tem 12 anos de trabalho nas redes públicas de ensino. Ele começou em Maracaju como professor, coordenador pedagógico e diretor. Em 1992, assumiu pela primeira vez cargo político, como secretário municipal de Educação e Cultura. Na Secretária de Educação do Estado trabalha desde a administração passada.
O advogado do secretário adjunto, Márcio Sandin, reclamou da ação. Segundo ele, “não há motivo para prisão cautelar. O Edio tem endereço fixo, um carreira integra de anos no poder público. Nada disso se faz necessário”.
Contratos – Nesta manhã, duas empresas foram alvo de mandados de busca e apreensão: a Maiorca Soluções em Saúde e Isomed Diagnósticos, ambas têm contratos com o Governo do Estado, firmados até 2022, para fornecimento de produtos e serviços.
A Isomed Diagnóstico tem como atividade econômica principal o serviço de diagnóstico por imagem com uso de radiação ionizante, exceto tomografia. Em 2022, assinou o último contrato com a SES, de mais de R$ 12 milhões, para prestação de serviço médico-hospitalar, com recurso do Fundo Especial de Saúde.
Já a Maiorca tem recentes contratos de fornecimentos de equipamentos para o Hospital Regional, de mesa ginecológica até fogão.
A reportagem entrou em contato com assessoria do Governo do Estado, que disse estar esperando informações oficiais para falar sobre o assunto. Os empresários alvos das buscas também foram procurados, mas ninguém atendeu o telefone celular que consta no cadastro da empresa. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS