A maioria dos vereadores da Câmara Municipal corre o sério risco de repetir o fracasso eleitoral das últimas eleições em Cassilândia quando apenas um ou dois conseguiram a sua reeleição.
É fácil compreender porque os cassilandenses não confiam em seus vereadores, afinal na hora H, em vez de defenderem a população, preferem fazer o jogo político do Poder Executivo, decidindo a favor do alcaide sem qualquer parcimônia ou senso crítico.
No episódio da secretária municipal de Assistência Social, acusada de desviar a função de cartões sociais, sete vereadores preferiram votar a favor da abertura de processo de cassação de dois vereadores – Peter Saimon, presidente da CPI do Gramão, e Sumara Leal, que tem feito denúncias de indícios de irregularidades na administração municipal.
A alegação: falta de decoro parlamentar.
Existe falta de decoro pior do que a suspeita de desvio de recursos públicos?
Um outro fato também chamou a atenção, senão vejamos.
O vereadores tucanos Leandro Souza e Oba Oba votaram a favor da abertura da CPI do Gramão, presidida pelo vereador Peter Saimon, e agora, na semana passada, votaram a favor da abertura do processo de cassação do próprio presidente da CPI, Peter Saimon.
E fica a dúvida na cabeça do eleitor: o que os fez mudar de ideia tão repentinamente?
Vale lembrar que o cassilandense não tem demonstrado confiança nos parlamentares do município, afinal na eleição de 2016 apenas dois vereadores foram reeleitos e na eleição de 2020 apenas um foi mantido no cargo.
Pelo andar da carruagem, na eleição do ano que vem haverá mais uma grande renovação na Câmara de Vereadores.
Quem viver, verá.
CORINO ALVARENGA
EDITOR DO CASSILÂNDIA URGENTE