Exportações de Mato Grosso do Sul atingem recorde de US$ 5,5 bilhões em oito meses

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Plantio de soja no interior do Estado – Foto: Arquivo/Correio do Estado

As exportações de Mato Grosso do Sul superaram a barreira dos US$ 5,5 bilhões este ano.

É o melhor resultado para um período de oito meses e o valor supera em 13% o total das exportações registradas no mesmo período do ano passado, quando o valor chegou a US$ 4,9 bilhões.

Com este resultado, o superávit da balança comercial agora está em US$ 3,2 bilhões.

Este valor é 1,45% menor que o registrado em 2021, que foi de US$ 3,3 bilhões. Em nota técnica, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro) ressaltou que a moeda norte-americana desvalorizou-se 4,19%, na comparação com julho deste ano, fechando o mês de agosto na cotação de R$ 5,14.

Outro fator motivador da queda do superávit vem das importações.

Em 2021, o Estado importou US$ 1,5 bilhão entre janeiro e agosto e este ano o valor saltou para US$ 2,2 bilhões, o que dá um crescimento de 46,6% por duas razões: dólar em queda e necessidade da compra de máquinas e equipamentos que não são fabricados no Brasil.

Há, ainda, outro fator que corre por fora: os alimentos com taxa de importação zerada e também a explosão dos preços dos fertilizantes.

Em termos de produtos exportados, a soja em grão apareceu como primeiro produto da pauta, totalizando US$ 1,9 bilhão e representando 34,38% do total exportado em termos do valor.

Esse resultado aponta para uma diminuição de 2,11% em relação ao mesmo período no ano passado. Em relação ao volume houve queda de 28%.

Segundo a Semagro, o segundo produto da pauta foi ocupado pela celulose, totalizando US$ 985 milhões, ou 17,73% de participação.

Esse número direciona para um recuo – em termos de valor – na ordem de 2,52%, em relação ao mesmo período de 2021. Em termos de volume, houve aumento de 4,39%.

Quanto às importações, os valores deste ano registram US$ 2,2 bilhões.

Em relação aos produtos importados, o Estado continuou com a pauta concentrada na importação de gás boliviano, representando 40,80% do montante em janeiro a agosto de 2022, acima dos valores verificados em 2021, que ficaram em 39,44%.

No item destino das exportações, pouca coisa mudou porque houve uma concentração para a China, representando no ano cerca de 41,77% do valor total.

Os países com maior aumento na participação foram: Índia (743,73%) e Irã (217,15%).

A concentração nos dez maiores destinos das exportações passou de 72,29% a 71,98% , entre janeiro e agosto deste ano, na comparação ao mesmo período de 2021.

A maior participação no valor exportado foi no Porto de Paranaguá, com 39,82%, seguido pelo Porto de Santos com 31,91%.

Houve um aumento nos valores exportados de 10,82% comparado a janeiro a agosto de 2021 em relação aos principais portos.

Em termos de volume, também considerando os cinco principais portos, houve diminuição de 7,33%.

Com relação à questão regional no Estado, os dez principais municípios exportadores responderam por 80,67% das exportações em janeiro a agosto de 2022. Correio do Estado

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