Hoje é 7 de Setembro: Vamos relembrar fatos históricos deste dia além do feriado

Grito da Independência em tela pintada por Pedro Américo

“A independência do Brasil aconteceu em 1822, tendo como grande marco o grito da independência que foi realizado por Pedro de Alcântara (D. Pedro I durante o Primeiro Reinado), às margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822. Com a independência do Brasil declarada, o país transformou-se em uma monarquia com a coroação de D. Pedro I.”

Um pequeno morro cheio de árvores no Parque Independência, na cidade de São Paulo, é o local onde Dom Pedro Primeiro teria dado o famoso grito do Ipiranga: “Independência ou morte!” Este considerado o momento derradeiro que fez o Brasil se separar de Portugal.

Mas será que foi realmente isso que aconteceu? E se foi, qual é a importância desse acontecimento? Foi assim mesmo que o Brasil ficou independente de Portugal? Da noite para o dia? Neste ano, que marca os 200 anos da Independência do Brasil, eu quero levar vocês em uma viagem que passará por tudo que foi importante nesse acontecimento, mas que nem sempre aprendemos direito na escola. Vamos lá?

Os portugueses no Brasil e a Revolução Francesa

O território que hoje nós conhecemos como Brasil já era habitado há milênios pelos povos originários indígenas. Foi oficialmente no ano de 1500 que os primeiros europeus, mais exatamente os portugueses, chegaram aqui, por essas terras, e começaram um processo de colonização para garantir que nenhum outro país viesse explorar essa área.

Até o final do século XVIII, o Brasil era isto: uma colônia portuguesa relativamente bem-sucedida economicamente, que gerava dinheiro com a produção de açúcar, de tabaco e de algodão, como também por meio da exploração de ouro e pedras preciosas de Minas Gerais e o tráfico de escravizados africanos.

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Moagem de cana-de-açúcar no Brasil Imperial. (Fonte: Wikimedia Commons / Benedito Calixto de Jesus – 1830 / Reprodução)

O fim do século XVIII foi marcado por um grande acontecimento na história do mundo ocidental: a Revolução Francesa. Foi lá, na França, que as primeiras ideias antimonarquia absolutista foram colocadas em prática em grande escala na Europa.

Contudo, o resultado dessa guerra toda foi a subida de Napoleão Bonaparte ao poder na França, o qual resolveu conquistar toda a Europa. A única “pedra no sapato” de Bonaparte foi a Inglaterra, que ficou isolada em uma ilha e tinha uma marinha poderosa que derrotou os franceses.

Para solucionar esse problema, Bonaparte teve uma grande ideia: proibir que os países europeus fizessem negócios com a Inglaterra para sufocar o país comercialmente e obrigar os ingleses a se entregarem na guerra.

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Caravelas portuguesas. (Fonte: Wikimedia Commons / Joachim Patinir – c.1540 / Reprodução)

Porém, havia um detalhe nisso que acabou “escapando”: Portugal tinha a Inglaterra como principal parceiro comercial e dependia demais da indústria inglesa, além de vender para eles muitas das matérias-primas que eles usavam e eram levadas justamente daqui, do Brasil.

Por isso, Portugal, mesmo com medo de Bonaparte, falou “não” para a França e continuou com o mercado aberto para Inglaterra como se nada estivesse acontecendo.

Napoleão não aceitou a desobediência e resolveu simplesmente invadir Portugal. Os portugueses viram que o exército francês estava atravessando a Espanha para chegar a Lisboa, e a família real portuguesa percebeu o perigo que corriam. Como a Inglaterra não queria correr riscos por ajudar o parceiro comercial, a corte inteira resolveu partir para a colônia brasileira. Brasil Escola

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