Jovem de 20 anos preso, na madrugada de sábado (4), em Belo Horizonte (MG), mas que recebeu liberdade provisória após audiência de custódia na segunda-feira (6), pediu para o juiz para continuar no presídio de Santa Luzia, pois não queria perder o jantar oferecido no dia.
“Ele confessou o crime e, devido ao fato de ser réu primário, sem antecedentes criminais, solicitei a liberdade à Justiça”, explicou o promotor Luciano Sotero Santiago, que condicionou a soltura a algumas medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento periódico ao juiz e proibição de contato com a vítima.
De acordo com o Porta de Notícias R7, a liberdade foi concedida por causa dos riscos que o jovem estaria exposto no presídio, além do fato de haver indícios de que cometeu o ato por conta da fome.
“Poderia ser aliciado para criminalidade ou ser vítima de algum abuso sexual. Sairia pior do que entrou no sistema prisional, que não recupera os presos”, completou o promotor.
Durante a audiência, o jovem contou sobre os problemas que vive. “Ele contou que sofre de crise de ansiedade, tem dificuldade para dormir e para conseguir tratamento médico e psicológico”, contou o parquet.
Ainda de acordo com o promotor, ao saber que ganharia a liberdade, Luan pediu para continuar preso para não perder o jantar, a partir das 18h, porque estava há vários dias sem comer.
“A pessoa abre mão da liberdade para estar presa para ter acesso aos direitos básicos, como alimentação e saúde”, completou Luciano.
ToP Midia News