Cassilândia, o prefeito, o ovo e a galinha mais parece título de uma historinha inocente.
Parece, mas não é, afinal trata-se do destino de milhares de cassilandenses que moram numa cidade com vocação para continuar pequena, principalmente se isso continuar dependendo da mentalidade atrasada que reina o gabinete do gestor municipal Jair Boni (PSDB), que está em seu quinto mandato e vigésimo ano no comando da Prefeitura de Cassilândia.
E o prefeito acredita na fábula do ovo e da galinha, mas até hoje não conseguiu convencer ninguém sobre quem nasceu primeiro.
Explica-se: o prefeito vem pregando desde os anos 80 que não adianta trazer indústrias e empresas urbanas e rurais para cá porque, segundo ele, O CASSILANDENSE NÃO QUER TRABALHAR.
E isso não é verdade. Longe disso!
Essa afirmação infeliz, tão repetida por seus aspones, serve apenas como uma tentativa para justificar a incompetência de um modelo de gestão pública falida, arcaica, ultrapassada.
Ao longo do tempo diversos empresários deixaram de investir aqui por falta de apoio do poder municipal.
Um deles tem hoje grande empresa no Chapadão do Sul, onde gera centenas de empregos. “Eu estive três vezes na Prefeitura de Cassilândia e só fui recebido na terceira vez. O prefeito Jair me tratou tão mal na época, com tamanha indiferença, que eu e a minha família resolvemos trocar Cassilândia pelo Chapadão, onde estamos bem, com diversos negócios, ajudando o Chapadão a crescer”, contou esse empresário.
Nas últimas décadas milhares de cassilandenses deixaram o município, vazando pelas estradas rumo a São Paulo, Campo Grande, Goiânia e outras regiões, em busca de melhores oportunidades de trabalho.
Estima-se que há cerca de pelo menos cinco mil cassilandenses morando e trabalhando no Chapadão do Sul, cidade que no passado, até 1987, era distrito de Cassilândia.
O Chapadão cresceu, Costa Rica também, enquanto Cassilândia continua na sua velha rotina de cavalo empacado.
Cassilândia precisa urgentemente de um Forum Municipal de Desenvolvimento com a participação dos empreendedores, professores, profissionais liberais, políticos, gestores públicos, vereadores e representantes da sociedade civil.
Esperar apenas pela boa vontade e visão diminuta do alcaide é acreditar num milagre que dificilmente irá se concretizar.
Todavia, quem sabe? Milagre pode acontecer…
E voltando à história do ovo e da galinha, continua a pergunta no ar: quem nasceu primeiro?
Acorda, Cassilândia!
CORINO ALVARENGA
CASSILÂNDIA URGENTE