Uma servidora do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) foi condenada a 2 anos e 10 dias-multa de prisão, em regime aberto, pela tentativa de desvio de R$ 17 mil em pagamentos a trabalhadores inativos.
Conforme denúncia oferecida pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), os fatos ocorreram em 2017. Na ocasião, ela atuava na Secretaria de Gestão de Pessoal do TJMS e, por este motivo, tinha acesso privilegiado ao sistema.
Neste sentido, consta que inseriu seu nome de casada na planilha de pagamentos de servidores inativos, para que em sua própria conta fosse depositado o valor de R$ 17.022,26. No entanto, acabou sendo descoberta.
Outros servidores, que conferiram os valores lançados na planilha antes do efetivo pagamento, constataram que os dados bancários pertenciam à servidora e que alteração da planilha foi realizada por ela mesma.
Ela havia se divorciado e inseriu o nome de casada como forma de não levantar suspeitas, pontuou na denúncia o promotor Humberto Lapa Ferri, da 31ª Promotoria de Justiça de Campo Grande.
Ao avaliar o caso, o juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal, afirmou que as provas documentais e por meio do testemunho dos servidores contribuíram para sustentar a acusação e a condenação.
“Apesar de negar a autoria delitiva, suas alegações são isoladas, contraditórias, não provadas e vão contra todas as demais provas colhidas na persecução penal, denotando uma tentativa frustrada de ficar impune pelo crime cometido. No seu interrogatório colhido no procedimento administrativo,[…] ela afirmou que, no momento em que foram inseridos os dados falsos no computador, estava almoçando na própria sala em que trabalhava”, afirmou.
Assim, o magistrado decidiu pela condenação de 2 anos e 10 dias-multa. Midiamax