Presa em uma praia dom Rio de Janeiro, a Miss Transex Brasil, Mikaelly da Costa Martinez, já respondeu pelo crime de homicídio, em 2015, quando chegou a ser presa em Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande, após matar uma colega com golpes de canivete.
À época, Mikaelly chegou a ser presa em flagrante, mas na audiência de custódia acabou ganhando a liberdade com medidas cautelares. O caso segue em sigilo. A transexual tem várias passagens por outros estados brasileiros e é apontada como chefe de uma associação criminosa que rouba clientes durante programas sexuais.
Assassinato de Verônica Bismarchk
Verônica foi encontrada morta na BR-163, na madrugada do dia 1º de janeiro de 2015. Ela tinha um ferimento de canivete no pescoço, que foi desferido por Mikaelly.
Na época Mikaelly disse em depoimento que estava em uma festa quando recebeu um telefonema de Verônica, que cobrava uma dívida e marcou um encontro às margens da rodovia. Nisso, Mikaelly foi de táxi até o local, acompanhada por um amigo e quando chegou encontrou Verônica acompanhada por mais duas travestis, sendo uma deles identificada com Bárbara.
Quando desceu do táxi, Mikaelly afirma que passou a ser agredida pelas três, tendo sua peruca cortada com um canivete. A transexual teria conseguido pegar o canivete de uma das travestis, passando a golpear a vítima.
Golpes em clientes x prisão
Mikaelly foi presa na praia de Ipanema e levada para a 16º delegacia de Polícia Civil do Rio de Janeiro onde foi acusada de atrair os homens através do seu perfil no Instagram e, ao chegar a motéis, dopá-los para furtar celulares, relógios e cartões de débito e crédito. O delegado Leandro Gontijo disse ao Jornal O Globo que uma das vítimas da transexual contou que conheceu Mikaelly em um bar, em junho deste ano. Ele contou na delegacia que, na saída do bar quando os dois entraram no carro dele em direção a um motel, ela no estabelecimento teria lhe dado uma lata de cerveja com algum tipo de substância. A vítima ainda disse que ao acordar percebeu que estava sem a carteira e o celular.
Quando questionou a transexual, ela teria surgido no quarto com seu comparsa fugindo em seguida. Dias depois a vítima percebeu que foram feitas três transações financeiras de R$ 6 mil e uma tentativa de empréstimo de R$ 5 mil. Segundo as investigações, Mikaelly usava vários nomes, o que dificultava sua identificação. Em Mato Grosso do Sul, Mikaelly tem 17 passagens por furto, além de dano e receptação.