O Jornal Cassilândia conversou com Waddy Moyses Neto, o Mineiro, que desde fevereiro deste ano assumiu a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e está empenhado em colocar Cassilândia em evidência no mapa do agronegócio aqui na região e, a partir daí, movimentar a roda de prosperidade da cidade, trabalhando para deixar o terreno fértil para a implantação de um centro industrial e comercial mais robusto, com a geração de mais empregos e, consequentemente mais renda para o município.
Para isso, Mineiro aposta na continuidade e na sinergia entre a Prefeitura, a Secretaria e a Câmara Municipal. “Já fui vereador e presidente da Câmara, então a gente sabe como as coisas funcionam, e graças a eles estamos conseguindo dar continuidade aos projetos, pois sem eles, muitas coisas aqui não estariam acontecendo”, fez questão de ressaltar, principalmente, o apoio do prefeito, Jair Boni, e do vice, Valdeci Costa.
Ampliação do Projeto da Fazendinha
Entre os projetos que estão na pauta do dia na agenda do Secretário de Desenvolvimento Econômico está a continuidade da Fazendinha (Programa Municipal de Agricultura Rural). O projeto, que começou na gestão anterior, já doou 54 lotes de 1 hectare cada (em média) para pequenos produtores em sistema de comodato, com prazo de 5 anos (até 2023).
Às vésperas do Dia do Agricultor, que é celebrado no dia 28 de julho para valorizar o papel das pessoas que vivem e trabalham na agricultura e fomentam o crescimento econômico e social do nosso país, Mineiro explica que “agora estamos abrindo outra área, com mais 40 lotes, no mesmo sistema de comodato. Os beneficiados plantam mandioca, abóbora, entre outros, e uma pequena porcentagem é repassada para a merenda escolar”‘. O projeto tem como principal finalidade geração de emprego e de renda, “pois a porcentagem que é destinada para a prefeitura é simbólica, em contrapartida, nós ajudamos com a manutenção. Aqueles que não cumprirem o combinado, em 2023, quando vence o contrato de comodato, serão automaticamente retirados do projeto”, explicou o secretário.
Loteamento empresarial em evidência
Mas é o Loteamento para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que está acelerando o passo de Waddyh. A iniciativa visa criar uma região industrial nos arredores da cidade para a concentração de pequenas empresas, fábricas e oficinas e até alguns tipos de comércio, como depósitos, marcenarias, serralherias, latarias, entre outros. “Precisamos tirar essas empresas do centro da cidade, para não termos aqueles problemas de poluição sonora, de trabalharem à noite, então vamos tentar centralizar tudo lá”, explica, ao se referir à área conhecida como Antônio Cortes, que fica atrás do aviário Pluma.
Outra área, a do Francisco Serrano Farinha (Chico Farinha), que será doado para indústrias de maior porte e Mineiro pretende, logo após o feriado de 3 de Agosto, começar as entrevistas para selecionar as empresas candidatas. Os projetos já estão em fase de cartório. Em seguida, passarão pela aprovação da Câmara Municipal. “Mas sai ainda este ano, em 30 a 60 dias”, assegura. “Os vereadores já se prontificaram a, assim que chegar até eles, irão agilizar a votação, pois também são nossos parceiros e estão querendo ver o progresso do município”, enfatizou Mineiro.
Comissão vai selecionar candidatos
Para ter direito a esse loteamento, o empresário precisa ter realizado uma inscrição (que já foi encerrada). Mineiro explicou que, dentro dos próximos 30 dias já deve começar a fazer a convocação dos inscritos para que apresentem um projeto sobre o que irão desenvolver neste loteamento e uma comissão irá avaliar até mesmo a situação financeira do pretendente. “A empresa terá que atender as necessidades e as normas, terá que provar para a comissão que tem condições de construir. Pois não adianta nada eu doar um frigorífico para alguém que não terá dinheiro nem para comprar o boi”, exemplificou.
Roda da prosperidade
O projeto visa não apenas centralizar essas pequenas empresas, mas criar uma roda de prosperidade para a cidade. “Pra começar, o pessoal para construir lá terá que investir em material de construção, mão de obra, maquinário… então vai impactar também o comércio local, pois vai buscar tudo isso aqui dentro da cidade. Também vai precisar de gente para trabalhar. Estimamos que uma empresa que esteja operando hoje com 3 a 4 funcionários, quando se mudarem para lá aumentem sua grade para 5 a 6 pessoas. Então, como temos 46 lotes, mas sabemos que algumas empresas podem demandar 2 a 3 lotes, mas vamos supor que sejam 30 empresas, se cada um contratar mais 3 pessoas, teremos um aumento de 90 novas vagas de emprego para o município”, estima o secretário do Desenvolvimento Econômico. Por Cínthia Schmidt – www.jornalcassilandia.com.br