Há 35 anos atrás, mais precisamente no dia 17 de agosto do ano de 1986, Cassilândia inteira se entristecia com o maior acidente automobilístico de sua história. 13 pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas no km 10 da Rodovia Joaquim Tenório Sobrinho -MS 306.
As vítimas eram jogadores e torcedores da Associação Atlética Palmeiras – “Palmeirinhas”, um time criado em 1.982 pelo sr Horácio Cesário de Almeida, um apaixonado pelo futebol, que também, foi vítima daquele acidente. Como homenagem a esse esportista de coração, a Prefeitura deu seu nome do Estádio Municipal Serrinha.
O ACIDENTE – Eram 19h30 do dia 17 de agosto de 1.986. Os jogadores e torcedores do Palmeirinhas retornavam de Aporé [GO], onde à tarde em partida amistosa haviam vencido o Aporé. Eles viajavam na carroceria de um caminhão Ford 600, cor azul, conduzido por Venâncio Alves. Na altura do km 10 da Rodovia Joaquim Tenório Sobrinho -‘MS 306’, que liga Cassilândia a Chapadão do Sul, o caminhão foi colhido na lateral da carroceria por outro caminhão, um wolkswagem, de Urânia SP, conduzido por Sidney Rodrigues Gomes.
O choque foi violento e jogou várias pessoas para fora do caminhão, caindo no meio da pista. Em meio a gritos de desespero dos feridos, dois caminhões carregados de soja, que vinham logo atrás, atropelaram as pessoas caídas na rodovia. Pelas informações da época, apenas 3 pessoas haviam morrido com a batida, os outros 10 morreram atropelados.
O fato repercutiu em toda a região. O prefeito Jair Boni Cogo, na época em seu 1º mandato, decretou feriado municipal e luto oficial por três dias.
Vítimas – No acidente morreram: Horácio Cesário de Almeida,59 anos; Sandra Luzia dos Santos,15 anos; Itamar Aparecido Barbosa,16 anos; Aparecido Alves Aguiar, 15 anos; Maria Sebastiana Estevan,14 anos; José Donizeth Freitas,29 anos, Ostanil Gomes de Oliveira,19 anos; Carlos Tiago Monteiro Trevisan,11 anos; Reinaldo Feliciano,17 anos; Rosênio Martins Silva,20 anos; Sebastião Carlos Alves Costa,15 anos; Rosemar Aparecido Barbosa,13 anos e Renato Feliciano,16 anos. O enterro mobilizou praticamente toda a cidade.
Entre os sobreviventes estavam: Admilso Cesário [Fião], José Antônio Alves da Costa, Gilson Souza Mariano, Aguimar Pereira de Andrade, José Carlos, Márcia Amador Estevan, Valdeci Cesário Silva, José Filiciano Ferreira, Alzenir Nunes Camacho, Aelson Alves Aguiar, Jesus Elino Gonçalves, Lilian Fátima de Nunes, Erinaldo Esquivel Paz e Pedro Paulo Vargas.
Horácio – Um dos sobreviventes do acidente, Alzenir Nunes Camacho, conhecido por Batata, que hoje trabalha como entregador no Paredão, lembra que o sr Horácio era uma pessoa bastante dedicada ao futebol, um amante da bola. ” Ele chegava deixar até o serviço para mexer com o futebol e, como torcedor fanático do Palmeiras, fazia questão do uniforme do seu time ser verde”.
Batata jogava como zagueiro no time do Palmeirinhas, que tinha, também o goleiro Zé Bambu, Reinaldo, Renato,Bebeto,José Eliersio, Patita, Roger, Jota Júnior, Erinaldo, entre outros jogadores.
Homenagem – Um dos jogadores do time do Palmeirinhas, o locutor de rádio Jota Júnior [ in-memorian],que na ocasião não estava no caminhão do acidente, numa forma de relembrar os amigos perdidos, realizou nos dias 16 e 17 de agosto de 2003, um quadrangular de futebol infanto-juvenil e, ainda, promoveu uma partida amistosa que contou com a presença de alguns sobreviventes do acidente. Também foi realizada uma missa e um culto, para homenagear os jogadores e torcedores da Associação Atlética Palmeiras, o time do sr Horácio. jornalcassilandia