Dado como morto, Mário Lima, de 33 anos, que reapareceu na cidade de Paraíso das Águas, na noite desta quinta-feira (10), afirmou a polícia que acordou em uma pousada e ficou vendo televisão enquanto seu corpo era procurado. A história parece de filme, mas é real. O ‘assassino confesso’ disse que matou Mário com uma facada e jogou o corpo nas águas do Rio Verde. Bombeiros até faziam buscas pela vítima.
Para entender melhor, o trio, incluindo Mário, João Carlos Colman Freitas, de 38 anos, conhecido como ‘João Mentira’ e José Augusto teriam tido um dia de bebedeira. Decidiram então ir até um bar, que estava fechado, então seguiram para Campo Grande no dia 30 de maio.
Mário ficou na Capital do Estado, fato que era desconhecido pela polícia. Ainda sob efeito de álcool, João Mentira – que também não tem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) -, acabou se envolvendo em um acidente e caiu em um rio próximo a Rochedo. Como tinha família nessa cidade, João acabou ficando em Rochedo, abandonando o carro no córrego, com José Augusto morto.
João foi identificado e preso pelo acidente que matou José. Foi então que relatou à polícia que havia matado Mário Lima, após o conhecer em um bar de Paraíso das Águas. Na história convincente, com riqueza de detalhes, afirmou que jogou o corpo no Rio Verde, dando então início às buscas e investigação policial.
No entanto, após 10 dias de buscas, Mário Lima reapareceu em um pequeno distrito de Paraíso, deixando todos em choque, já que teria sido dado como morto e seu corpo procurado no rio. Para a polícia, Mário disse que acordou no outro dia após a bebedeira, dia 31 de maio, em uma pousada. Ele estava sem celular e sem dinheiro.
Segundo o delegado Felipe Potter, quando indagado os motivos pelos quais não ligou para o irmão ou avisou alguém da família, que estava vivo, Mário explicou que não sabia o que havia acontecido e resolveu procurar uma assistente social na Capital, sendo abrigado. Nesse tempo todo ficou assistindo televisão, até que conseguiu uma passagem para voltar para a sua cidade.
Já no depoimento, João Mentira, que assumiu a autoria do suposto homicídio de Mário, disse que estava muito abalado com tudo que aconteceu e sem dormir há três dias. Quando o corpo do amigo foi localizado dentro do carro, já dias depois em avançado estado de decomposição, acabou inventando que José havia assassinado Mário e que o próprio José estava dirigindo o carro.
De acordo com o Midiamax, ‘João Mentira’ ainda contou que inventou o crime por que não sabia o que tinha acontecido com Mário e como José estava morto seria mais fácil culpá-lo pelo crime, que na realidade nunca aconteceu. João chegou a passar por audiência de custódia, mas ainda durante a audiência o juiz foi comunicado pelo delegado que não havia acontecido homicídio nenhum.
Nisso, João foi colocado em liberdade pelo crime de homicídio e autuado por homicídio doloso com dolo eventual pela morte de José Augusto, que estava no carro quando o acidente ocorreu. MS TODO DIA