Com indícios de 3ª onda da Covid-19 em Mato Grosso do Sul, os moradores estão mais cautelosos e seguem preferindo se autopreservar. Isso é o que indica a procura pelos balneários em MS, que apesar de um feriado prolongado, não foi o bastante para ter procuras para reservas ou confirmações de funcionamentos.
O decreto do Governo do Estado criou ponto facultativo no dia 4 de junhoe foi criticado por especialista por não ter medidas mais severas para conter o avanço do vírus. A cautela com os sinais de uma 3ª onda da doença não despertou o interesse por lazer dos moradores.
No Balneário Santuário da Prata, em Jardim, a 234 km de Campo Grande, a procura de clientes já está em baixa há muito tempo, explicou a responsável pelo local, Iara Rodrigues.
“A procura está bem baixa, estou prevendo pouco movimento para os próximos dias. Acredito que o medo da pandemia fez com que as pessoas procurassem menos. Muitas ligam e perguntam se o balneário segue as medidas, se está limitando a quantidade de pessoas. Estão preocupados”, disse.
Em Bonito, um dos principais destinos turísticos de Mato Grosso do Sul, medidas restritivas estão operando após um novo decreto municipal. As atrações turísticas estão limitadas e balneários estão operando com metade da capacidade de clientes. Porém, conforme Alexandre Fredrich, responsável pelo Balneário do Sol, a capacidade de atendimento não chega nem a 20%.
Ele explica que o público que frequenta os balneários são normalmente da classe C e que esse setor social não tem buscado tanto o lazer. “Hoje, o público que mais tem visitado Bonito são as classes A e B, que fazem turismo de passeios, flutuação, etc. Esses setores aqui em Bonito têm sido os menos afetados”, disse.
Funcionária do Balneário Cachoeirão, que fica a 70 km de Campo Grande, disse que devido a pandemia, preocupação com o contágio pelo vírus e o alto custo de vida enfrentada pelos moradores, a procura pelo lazer tem sido baixa. “A frequência de turistas aqui caiu 70%. Mesmo aqueles que vêm até o estabelecimento, exigimos que tragam alcool em gel, mantemos os grupos distantes uns dos outros, para dar mais segurança. Até então não tivemos a necessidade de limitar os turistas, até porque não tem muita procura”, explicou.
Municípios preocupados com ‘feriadão’
Nessa segunda-feira (31), em reunião, os prefeitos associados à Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), decidiram por barreira sanitária e por encaminhar solicitação de restrição ao governo. Conforme o presidente da entidade, Valdir Júnior, a maioria decidiu por adotar medidas como barreiras nas entradas dos municípios, entre os dias 3 e 6 de junho, (quinta-feira a domingo). Além disso uma solicitação de proibição de transportes públicos intermunicipais para este período será enviada ao Estado já nesta terça-feira (1º).
As cidades que aderirem às restrições parciais deverão decretar toque de recolher mais rígido, das 20h às 5h da manhã do dia seguinte, e também lei seca, com proibição de consumo de bebida alcoólica em local público e estabelecimentos comerciais, assim como Bonito já anunciou.
Restrições em cidade turística
Na cidade turística, o Município decretou nesta segunda-feira (31)que a venda de bebidas alcoólicas está vedada até 14 de junho, assim como o consumo de tereré e narguilé nas vias públicas. Os atrativos turísticos estão liberados, desde que obedeçam as normas de biossegurança. Já os eventos estão proibidos no período. Hotéis e agências de viagens podem abrir também se seguirem as regras sanitárias. Boates, casas de shows e parques também não poderão abrir. Apresentações musicais ao vivo estão vedadas.
Tabacarias podem abrir, mas não podem permitir o uso de narguilés em suas dependências. Igrejas podem realizar celebrações com 50% da capacidade de público. Salões de beleza, clínicas de estética e estabelecimentos semelhantes devem atender apenas um cliente por vez, com intervalo de 30 minutos entre cada serviço. Academias devem submeter plano de biossegurança ao comitê municipal. Midiamax