Estudando plantas medicinais desde 2013, a farmacêutica bioquímica e pesquisadora da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Kelly Mari Pires de Oliveira, vem desenvolvendo junto com sua equipe, um gel à base do extrato das folhas do algodãozinho do cerrado, planta bastante encontrada aqui no Mato Grosso do Sul.
“O objetivo é que este gel atue na prevenção e tratamento de infecções de pele, tornando-se uma alternativa de baixo custo e democrática incorporada ao SUS por meio da Farmácia Viva”, disse ela.
“O algodãozinho do cerrado é uma planta que resiste muito bem às queimadas dos campos e pastagens, sendo assim já é utilizado há muito tempo pela população rural. Geralmente essas pessoas utilizam a raiz da planta, consequentemente a planta morre. Nosso objetivo é produzir o gel à base das folhas, garantindo assim a vida dessa espécie que já está na lista de plantas ameaçadas de extinção”, explicou a pesquisadora.
O experimento está na fase de testes em laboratório e a expectativa é de que o produto esteja finalizado em 2022. A pesquisa conta com o apoio o edital PPSUS, que investe em pesquisas aplicadas no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde).
A ideia da Farmácia Viva do SUS, citada por Kelly, é ter sempre ao alcance das mãos as plantas medicinais como aliadas ao tratamento de diversas doenças. Midiamax