Lamentável”, escreveu na sentença uma juíza de Goiás por ter que analisar uma situação que ela julgou não se tratar de caso de Justiça, mas, tão somente, de bons modos e educação.
Uma mãe, moradora da zona rural de Itaguari, cidade que fica a 105 quilômetros de Goiânia, na região central do estado, processou o próprio filho por ele não fechar a porteira da fazenda.
O caso de família surgiu depois que o marido da idosa faleceu e foi feito o inventário dos bens, dividindo a propriedade rural entre a esposa e o filho.
Ele ficou com a parte dos fundos da fazenda e, para ter acesso a ela, precisa passar pela porteira e pelo colchete que estão na parte que ficou com a mãe. Um hábito mantido por ele, no entanto, tirou a mãe do sério.
Antes de discorrer sobre os pedidos, a juíza fez questão de pontuar o caráter cotidiano da causa. “É lamentável chegarmos ao ponto em que a máquina judiciária é movida para que a mãe processe o próprio filho por não fechar uma porteira, pois repisa-se, isso é questão de educação, que se aprende na própria família ou, no máximo, na escola”, argumenta a magistrada.
Fonte: Metrópoles