Carla Jaqueline Miranda, de 40 anos, e José Lucas Coevas de Moraes, de 25 anos, entram para a triste estatística do trânsito de Campo Grande, que já registrou, somente até esta sexta-feira (29), nove mortes. Os números este ano já superam janeiro do ano passado, quando oito pessoas morreram, também levantam alerta para que outras vidas não sejam perdidas.
De acordo com dados da BPMTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), de 1º de janeiro de 2021 até o último dia 27, foram registrados 212 acidentes com vítimas e 338 sem vítimas. Em 2020, somente em janeiro, foram registrados 245 acidentes com feridos e 269 sem.
Por outro lado, de acordo com o capitão Waldomiro Vargas Junior, da BPMTran, em um âmbito geral, o número de acidentes com mortes vem diminuindo na Capital. “Em decorrência das fiscalizações e principalmente da lei seca, quando fazemos ações de noite e madrugada”, destaca.
O capitão atenta para os números. “Para se ter ideia, em 2014 tivemos 112 mortes o trânsito. Nesse período em que passou a se tratar com mais rigor a lei seca, as mortes só foram diminuindo, quando em 2018 tivemos uma alta no número de óbitos no trânsito. Já em 2020 registramos 66 mortes”, revela Vargas.
Em relação a lei seca, Vargas também liga o aumento de flagrantes ao aumento da fiscalização. Em 2019 foram 293 prisões, enquanto em 2020 foram 339. “A tendência é de haver aumento por causa das fiscalizações e também por termos adquiridos equipamentos mais modernos, que facilita o serviço”, destaca o capitão, informando que somente no domingo, 24 de janeiro, foram realizados 500 testes de bafômetro durante blitz de trânsito.
Essas operações de blitz de trânsito geralmente são realizadas em pontos estratégicos, nas vias com fluxo de veículos mais intensos. Dessa forma, há levantamento das vias campeãs de acidente. Segundo dados da BPMTran no ano passado foram: Avenida Afonso Pena, Avenida Duque de Caxias e Rua Rui Barbosa. Este ano, até o momento, as campeãs de acidente são a Avenida Afonso Pena, Avenida Gury Marques e Avenida Duque de Caxias.
O capitão destaca que por conta da pandemia, houve diminuição no número de campanhas educativas. No entanto, alerta que a conscientização deve partir dos próprios motoristas. “Os acidentes acontecem em vias que geralmente são bem sinalizadas, então não é questão de infraestrutura, é questão da prudência do condutor”, finalizou.