Suposta curandeira desaparece após pedir R$ 7,4 mil para curar criança com paralisia

Delegacia de Rio Brilhante

Uma mãe de 23 anos procurou a polícia após dar mais de R$ 7 mil para uma suposta curandeira no distrito de Prudêncio Thomaz, distrito de Rio Brilhante, cidade a 160 quilômetros de Campo Grande.

Segundo o boletim de ocorrência, a criança de seis anos tem paralisia cerebral e a mãe já procurou diversas opções de tratamento e foi até a curandeira como uma última tentativa de cura para o filho.

Em agosto de 2020, a mulher disse que a criança tinha o mal de siomioto e uma macumba havia sido feita e para desfaze-la precisava da quantia de R$ 1.635.00 parcelados em três vezes, publicou o site Rio Brilhante em Tempo Real. A suposta curandeira pediu mais R$ 1.200.00 para sacrificar um animal. Esse valor de acordo com a ocorrência foi pago em material de construção.

Após os pagamentos, a curandeira disse que em nove dias a criança voltaria a andar. Como isso não aconteceu a mãe retornou a casa da mulher que relatou que o trabalho não tinha dado certo que precisaria dar aos “orixás ” um cachimbo no valor de R$ 372, valor esse entregue em mãos a curandeira.

Ela também afirmou que o esposo da vítima, pai da criança precisava tomar um banho de ervas para melhorar a vida, a curandeira pediu mais dinheiro, R$ 1.200, outros R$ 1.600, R$ 260.00 que seria o valor de uma vela, e mais R$ 600, valores todos pagos pela mãe.

A suposta curandeira também pediu mais R$ 600 alegando ter que comprar uma saia, mas a mãe comprou um colchão e deu a mulher.

No mês de dezembro do ano passado, a curandeira disse a mãe da criança que nesse mês os “orixás” não trabalhavam e então ela faria uma “operação invisível” e toda sexta-feira teria que deixar a criança de branco durante sete sexta-feira. Que após o último dia de sessão como nada tinha mudado na criança a mãe foi até a curandeira e pediu o dinheiro de volta. A mulher então disse que devolveria os valores pagos, porém ao retornar a casa está semana descobriu que a tal curandeira se mudou para outra cidade, inclusive vendido o imóvel.

O caso é tratado como charlatanismo, crime que consiste em inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível. O charlatão é o golpista que ilude a boa-fé dos doentes, ciente de que a afirmação é falsa, previsto no Artigo 283 do Código Penal. Midiamax

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