A aposentada Milta de Jesus Oliveira, 75 anos, sofreu um infarto, no último sábado (27/), após ser acusada de furtar um chinelo no Atacadão Super Adega, no Jardim Botânico. O caso é investigado pela 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião). As informações são do Metrópoles.
A idosa estava acompanhada de familiares. Quando eles foram passar as compras no caixa, a aposentada foi surpreendida com o comportamento dos funcionários.
“Após passar todas as compras, cujo valor foi mais de R$ 600, em tom de voz alterado e audível para todos os outros clientes que estavam na fila ouvirem, faz-lhe o seguinte questionamento: ‘A senhora vai pagar essas sandália que furtou também?’”, relembrou Grazielle Guedes Oliveira, neta de Milta.
Nervosa, a aposentada tentou explicar que aquele chinelo era um presente. Falou que é uma mulher honesta e que nunca furtou ou roubou nada de ninguém. Segundo os familiares, a funcionária do caixa chamou um dos seguranças. A equipe queria que a mulher provasse que as sandálias, da marca Havaianas, não era produto de furto.
“Após ser acusada de furto e todo o escândalo armado pela funcionária do caixa e a grosseria dos seguranças desse atacadão, ela começou a se sentir mal. A pressão subiu. Jamais pensou que nesta idade seria vítima de tamanha injustiça e desrespeito”, completou a neta.
Após a discussão, o gerente do local, segundo relato das testemunhas, se desculpou, afirmando que a idosa era muito parecida com uma suspeita de furtar sandálias no local. Além da Polícia Civil, a família, que mora em São Sebastião, denunciou o caso à ouvidoria da Super Adega. O atacadista adiantou-se em pagar tratamento médico e psicológico para a vítima, que faz aniversário nesta segunda-feira (30/11).
Milta de Jesus Oliveira foi internada, inicialmente, em estado grave na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião e, depois, encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Relatório médico aponta para infarto agudo do miocárdio.
Ao Metrópoles, a equipe jurídica da Super Adega confirmou os fatos e ressaltou que foi oferecido um leito no Hospital Daher ou no Hospital Santa Luzia, mas como surgiu uma vaga na rede pública, a família optou pela transferência para o HUB.