Um dia após a morte de Yasmin Beatriz Almeida Guedes, de 18 anos, a mãe Letícia Almeida agora viaja mais de 13 horas para poder velar e enterrar a jovem em Campo Grande. Abalada e muito triste com a perda da filha, Letícia conta como era o relacionamento dela com Hércules Alves de Souza, que teria chegado ao fim recentemente.
Ao Jornal Midiamax, a mãe de Bia conta que passou por momentos difíceis com os filhos e enfrentou problemas de relacionamento com eles. Mesmo assim, diz que a jovem era muito honesta e querida e deixa muitos amigos, por isso decidiu velar e sepultar a filha em Campo
Para Letícia, Bia teria confessado que chegou a assumir crime cometido pelo namorado. Na época houve um flagrante com arma de fogo e, como ela era adolescente, assumiu a culpa para livrar Hércules do crime. “Ela não queria mais fazer parte disso tudo, mas por amor a ele se envolveu em muita coisa”, diz a mãe da jovem.
Além disso, o casal foi flagrado em um crime de receptação, quando levava um carro ao Paraguai. No entanto, apenas Hércules foi responsabilizado no decorrer do processo.
Fim do relacionamento e feminicídio
O casal teria terminado o relacionamento, segundo relatou a mãe de Bia, e a jovem já não queria mais reatar. Então, Hércules teria feito chegar aos ouvidos da ex-namorada que já estava com outra mulher, inclusive que teria levado ela até a casa onde os dois moravam.
Assim, na noite do crime, o rapaz teria chamado a jovem para conversar. Como não tinha dinheiro para pagar a corrida do aplicativo, ele disse que pagaria até certo ponto, onde a encontraria e então buscaria de motocicleta. Foi assim que Bia encontrou com Hércules naquele início de madrugada.
“Ele fez ela descer da moto e já assassinou ela brutalmente”, diz a mãe da vítima. A foto de Hércules foi divulgada pela Polícia Civil, que desde o dia do crime faz buscas pelo rapaz. Mesmo com a certeza de que ele cometeu o feminicídio, a mãe de Bia afirma que não o condena, nem guarda mágoas.
“É muito triste, mas nossa dor é pela perda. Deus diz que não somos juízes, não estamos aqui para julgar ninguém. Não tenho raiva nem rancor desse rapaz, porque Deus não quer que eu tenha esse tipo de sentimento. E esse sentimento não cabe no meu coração, eu só tenho dor no meu coração”, disse.
O caso segue em investigação pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e é tratado como feminicídio.