Quem era a icônica Bruna Ravel na intimidade? Somente os amigos mais íntimos tinham acesso aos detalhes da vida privada de Brasilínio Ferreira Lemes (68), cuja morte desperta comentários de admiração de centenas de pessoas em Cassilândia, Chapadão do Sul e outras cidades. Quem não a conhecia até se surpreende com as homenagens em forma de manifestações na rede social Facebook. Uma breve pesquisa na RMC (Rede Mundial de Computadores) mostrará que fotos dela são raras porque Bruna Ravel não gostava de exposição. Preferia que sua casa – denominada Jardim do Éden – tivesse mais destaque e visibilidade que ela. Autorizava o ingresso de jornalistas, mas não permitia fotos pessoais.
As informações acerca de sua forma de viver começam a vir a tona após a morte através de depoimentos de pessoas que moraram em Cassilândia. Todos os coments postados remetem o leitor à uma pessoa maravilhosa, de bom coração que gostava de interagir para ajudar o próximo. Uma delas foi a Diretora de Cultura de Chapadão do Sul, Joélita Martins que cresceu naquele município ouvindo as narrativas sobre Bruna Ravel e seu poderoso trânsito social.
Segundo Joélita compreender os propósitos de Deus muitas vezes pode ser uma tarefa bem difícil, principalmente quando a tristeza bate à porta de quem perde uma pessoa querida como Bruna Ravel. Estranhamento esta forma de saudade não vem acompanhada da tristeza, mas com a certeza do protagonismo. Com os corações mais confortados, é muito salutar dedicar este dia para relembrar os bons momentos que foram compartilhados com Bruna Ravel, uma pessoa ilustre de grande coração que foi capaz de transformar muitas vidas para melhor.
A Diretora de Cultura destaca que a história pessoal de Bruna Ravel deverá fortalecer os laços de respeito da cultura LGBT. Será lembrada como ícone cassilandense que encarou de frente – sem medo – o preconceito. O vazio deixado jamais será preenchido, mas ficará como lembrança de cada sorriso ao dar um simples “bom dia”. “O céu comemora hoje a vida eterna de uma pessoa muito querida, que para sempre estará na memória de todos e influenciará eternamente a nossa história”, destacou Joélita.
Durante a semana outras pessoas de Chapadão do Sul farão homenagens póstumas à Bruna Ravel diretamente de Cassilândia.
Chapadensenews