Jairo Narciso da Silva, 64 anos, que confessou ter matado e enterrado a esposa no banheiro de casa há 25 anos, mentiu para os filhos durante todo esse tempo, afirmando que a mãe deles havia fugido com um amante.
A vítima é Luzinete Leal Militão, que tinha 28 anos, na época. Ela tinha um filho de 10 anos, de outro relacionamento, e um de 06 anos, que é filho do assassino.
O crime aconteceu em 1994, em Sinop (500 km de Cuiabá). Para dar veracidade ao plano, Jairo enterrou o corpo da mulher em uma cova no banheiro da casa onde a família morava. Junto com o corpo, ele colocou documentos e joias, para que a ideia de que ela tivesse fugido com um amante parecesse real. Ele também registrou um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento da vítima.
“Nesse tempo todo vinha falando para os filhos que ela tinha fugido com um amante. Os filhos, agora adultos, ficaram sabendo essa semana”, disse o delegado Ugo Ângelo Rech de Mendonça.
Jairo procurou a delegacia da cidade por conta própria e confessou o crime, na última terça-feira, 30 de julho. Ao ficar sabendo do fato, a Polícia Civil pediu autorização para escavar o local indicado pelo homem.
Os restos mortais da vítima foram encontrados na sexta-feira (02). O delegado informou que os ossos, objetos pessoais e documentos estavam enterrados numa cova funda.
O idoso contou ao delegado que matou a mulher com um golpe de barra de ferro na cabeça, quando estava deitada na cama e depois finalizou asfixiando a vítima até a morte. Em seguida a enterrou em um banheiro da construção, anexo a casa.
O idoso responderá pelo crime de ocultação de cadáver.
“O suspeito disse que resolveu procurar a polícia, pois bateu arrependimento. Mesmo que o homicídio tenha prescrevido, o crime de ocultação de cadáver é permanente, fato esse que o suspeito poderá ser responsabilizado criminalmente”, finalizou o delegado. Repórter MT