Quadrilha que esquentava carros de luxo pode ter causado prejuízo de R$ 10 milhões

Quadrilha que esquentava carros de luxo pode ter causado prejuízo de R$ 10 milhões

Na ação desta quinta foram recuperados nove carros de luxo em Rio Verde de Goiás, Itajá, Paranaíba e Cassilândia.

A quadrilha que esquentava carros de luxo de locadoras pode ter causado um prejuízo de R$ 10 milhões no período de um ano. Envolvidos no esquema, dois empresários de Rio Verde de Goiás e quatro despachantes de Paranaíba, em Mato Grosso do Sul, foram presos na operação Mau Despacho, deflagrada nesta quinta-feira (1º) pela Polícia Civil de MS e Goiás.

De acordo com as informações da polícia, os comerciantes que tem garagens no estado vizinho eram responsáveis pela locação fraudulenta e os despachantes pela adulteração e falsificação dos documentos dos veículos. O delegado regional de Paranaíba, que coordenou as investigações, Wallace Martins Borges, informou que em um ano o grupo fraudou entre 80 e 100 veículos de luxo, um prejuízo estimado de R$ 10 milhões. “Os donos das garagens utilizavam laranjas para locar os veículos nos aeroportos e iam para Paranaíba, onde com a ajuda dos despachantes faziam a transferência fraudulenta”, afirma Wallace.

Na ação desta quinta foram recuperados nove carros de luxo em Rio Verde de Goiás, Itajá, Paranaíba e Cassilândia. Também foram apreendidos diversos cartões utilizados para locar os carros e folhas de cheque recebidas como pagamento pelos criminosos, que movimentam várias contas bancárias.

Conforme as informações da Polícia Civil, os criminosos identificavam os carros disponíveis nas locadoras de aeroportos das capitais brasileiras, na sequência selecionavam ‘laranjas’ para realizar a locação dos veículos, que eram levados para Goiás. No estado vizinho, com procurações falsas os criminosos emitiam o CRV (Certificado de Registro de Veículo) e reconheciam firmas dos falsos vendedores.

Os carros seguiam para Paranaíba, onde com a ajuda dos despachantes, aconteciam as transferências fraudulentas dos carros de luxo para os nomes dos laranjas. A venda era feita pelos garagistas integrantes do bando, que assim como os demais percebiam lucros com a ação criminosa.

Conforme o delegado, o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) não tem envolvimento nas fraudes, mas as investigações apontam despachantes, funcionários de cartórios, vendedores de carros e escritórios de advocacia integram a associação criminosa.

A investigação

O grupo criminoso começou a ser investigado em maio deste ano, através da troca de informações entre a Polícia Civil e a PRF (Polícia Rodoviária Federal), após a Polícia Militar de Goiás apreender um veículo que foi locado de maneira fraudulenta, e revendido para uma terceira pessoa de boa fé.

A operação Mau Despacho deflagrada hoje pela Polícia Civil envolveu 81 policiais, de Mato Grosso do Sul, da Polícia Civil e Militar de Goiás e agentes da Polícia Rodoviária Federal. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão. Conforme Wallace há outros envolvidos identificados e as investigações continuam. “Surgindo novas evidências nós faremos uma nova fase da operação”, concluiu. Midiamax

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