Pouco depois de deixar a prisão, o ex-presidente Michel Temer concedeu entrevista a jornalistas e disse que aguardou com tranquilidade e serenidade a decisão de ontem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que acolheu pedido de habeas corpus.
O ex-presidente ressaltou também que, quando foi determinada a sua prisão, ele disse que, em obediência, se apresentaria à Polícia Federal. “Foi o que fiz”, disse. Ele se despediu dos jornalistas em seguida e afirmou que seu advogado, Eduardo Carnelós, daria mais detalhes sobre o processo. “Minha expectativa é positiva”, disse o ex-presidente, antes de sair.
O advogado, por sua vez, disse que tem “absoluta convicção” de que as “acusações serão destruídas”, porque não há embasamento “consistente”. “Aguardamos que possamos apresentar defesas contra acusações feitas”, disse. “A defesa se dará dentro do que prescrevem a Constituição e as leis”, acrescentou.
Carnelós também afirmou que não há justificativa para que Temer seja levado à prisão. “A partir do STJ, fica estabelecido que não há fundamento para manter a prisão”, disse. “Aguardamos o desenrolar normal dos processos e Temer vai se defender na forma da lei”, afirmou.
O advogado não acredita que Temer será preso novamente, após a decisão tomada ontem pelo STJ. “Depois da decisão proferida ontem, não creio que haja uma nova determinação (de prisão), sem que haja fato novo, e não há fato novo a ocorrer”, disse.
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