Após chegar sorrindo a audiência, mãe suspeita de matar bebê e queimar corpo seguirá presa

Mãe suspeita de matar filha e queimar corpo seguirá presa em Goiás — Foto: Paula Resende/G1

Mãe suspeita de matar filha e queimar corpo seguirá presa em Goiás — Foto: Paula Resende/G1

A mãe do bebê de 1 ano que morreu e depois teve o corpo carbonizado dentro de casa, em Goiânia, continuará presa. A decisão foi tomada pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas durante audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (22), na qual ela chegou sorrindo. A Polícia Civil investiga se ele cometeu o crime para se vingar do ex-marido, com quem queria reatar o casamento.

O corpo da criança foi encontrado na quinta-feira (21), carbonizado, dentro de uma piscina de plástico, sob entulhos na casa onde morava com a mãe e o irmão.

Durante a audiência, a mulher negou que tenha matado a filha com golpes de marreta. Ela pediu para ser ouvida, mas, como se trata de uma audiência de custódia, o pedido não foi atendido. Por isto, ela não quis assinar a ata da sessão.

A suspeita também não quis ser representada pela advogada contratada pela família. Por isto, a assessoria do juiz teve de acionar o defensor público Jaime Rosa Borges Júnior, que pediu a soltura dela.

Por sua vez, o promotor de Justiça Sebastião Marcos Martins solicitou que a prisão em flagrante fosse convertida em preventiva, pedido foi acatado pelo magistrado. Ela deve ficar detida na Casa de Prisão Provisória (CPP).

“A liberdade da autuada atenta contra a ordem pública e repercute de maneira danosa e prejudicial ao meio social em que vivemos. Em liberdade, poderá encontrar o mesmo estímulo para a prática delituosa”, disse o juiz.

Mascarenhas também considerou a suspeita de que a mulher dá drogas para os filhos. Inclusive, conforme o registro da prisão, o outro filho dela, de 12 anos, “estava no local aparentemente dopado, atônito, sob suspeita de estar sob efeito de drogas”.

Ex-marido

O ex-marido da mulher prestou depoimento à polícia após a morte da criança – ele também é pai do adolescente de 12 anos, que estava na casa. Segundo a polícia, ele disse que não via os filhos há 40 dias por imposição da ex-mulher. O casal manteve a união por 12 anos e se separou há cerca de dois.

“O marido foi ouvido e disse que, mesmo após a separação, sempre tiveram um relacionamento tranquilo, sem brigas. Mas, há cerca de 40 dias, a ex o proibiu de ver os filhos porque ele não queria reatar. Inclusive, ele afirmou que estava procurando a Justiça para tentar resolver a situação”, disse a delegada ao G1.

O garoto também prestou depoimento e afirmou que sempre teve ótima relação com o pai. Ele que estava na casa quando o incêndio ocorreu, disse que aparentava estar dopado e acordou assustado quando viu o fogo.

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