Até o fim do primeiro semestre deste ano, a lua de mel do governo Bolsonaro com os prefeitos de Mato Grosso do Sul está garantida. Muitos apostam que as mudanças propostas pelo presidente eleito somente serão perceptíveis em prazo de até seis meses e todos esperam a tão propagada descentralização de recursos, contida no slogan “Mais Brasil, menos Brasília”.
O prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina (PSDB), que também presidente a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), disse que o discurso presidencial de Jair Bolsonaro continua o mesmo adotado na campanha, mas que, no momento, as ações estão travadas em decorrência das mudanças de início de governo, com troca de integrantes de primeiro escalação e reordenamento de pastas.
“Acho que até abril, destrava”, disse Caravina, contabilizando como marco os 100 dias de governo Bolsonaro. É o mês da Marcha dos Prefeitos, quando as principais reivindicações são levadas ao governo federal. Na lista, constam dois processos travados no STF (Supremo Tribunal Federal), que tratam do recolhimento do ISS de cartões de crédito nos municípios e os royalties do petróleo.
Para Caravina, o ideal é retomar a discussão do novo pacto federativo, para que não ocorram debates pontuais de temas de interesse geral das prefeituras.
Para o prefeito de Bodoquena, Kazu Horii (PSDB), as liberações de recursos federais serão destravadas somente daqui seis meses e, enquanto isso, as administrações municipais vão ter que se ajustar. “Seis meses para prefeitura é um tempo complicado, porque o cidadão precisa de resposta, de serviço público”. Porém, Kazu disse que aprova a nova gestão, por ter privilegiado técnicos.
O tom ameno também foi adotado pelo prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), que até estendeu prazo de garantia de boas relações com o governo. “Para tomar conta de uma administração do tamanho de Campo grande já se leva intervalo de um até dois anos, imagine, então, tomar conta do Brasil inteiro”.Campo grande News