Evandro Luiz, 38 anos, motorista de uma carreta bitrem atingida por um ônibus, disse emocionado que, por pouco não trouxe a filha adolescente consigo. Caso contrário, ela teria visto o caminhão do pai ser atingido por um ônibus de viagem e o condutor morrer na hora, na tarde desta terça-feira (15), na BR-163, próximo a Campo Grande.
Luiz dirige nas estradas há oito anos e garante que nunca se envolveu em acidentes. Ele relata que a filha está em férias e estava combinado dela ir junto. O fato da jovem mudar de ideia na última hora foi um ”livramento” de Deus, acredita o profissiona
O condutor, que mora em Missal (PR), relatou que vinha de Foz do Iguaçu (PR) em direção a Cuiabá (MT), com uma carga de farinha de trigo.
”A sorte de não ter me machucado foi o fato de ter parado longe do caminhão da frente”, contou. Depois da pancada, Luiz disse: ”aos poucos fui me recuperando e vi o passageiro na parte de cima com uma expressão de assustado e sangrando na parte do rosto”.
Luiz fez questão de tranquilizar sua família no Paraná e que lamenta muito pelo ocorrido, ainda sob forte abalo emocional.
”Não tenho palavras para dizer para a família do motorista do ônibus. É um companheiro de estrada e que agora o jeito é só lamentar. Não posso julgar o companheiro, se ele dormiu ou não”, explicou.
Batida
Adalto Junio Feitosa, 28 anos, dirigia um ônibus da viação Garcia, que vinha de Umuarama (PR) com destino final Campo Grande. Na BR-163, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal, saída para São Paulo, ele bateu na traseira de uma carreta bitrem, que por sua vez, atingiu outra que estava à frente. Feitosa morreu na hora.
No ônibus, havia seis pessoas, sendo quatro homens e duas mulheres. Um senhor que estava na parte superior do ônibus teve fratura na perna e o resgate foi bastante complicado, disse o tenente Quintana, do Corpo de Bombeiros. A vítima foi retirada pela saída de emergência do ônibus.
Dos outros quatro feridos, três estavam estáveis, com dores abdominais devido ao impacto do cinto de segurança.