Uma mulher argentina sequestrada na década de 1980 por traficantes de humanos reencontrou no sábado (22) a família, após 32 anos desaparecida.
De acordo com o jornal argentino “Clarín”, a vítima – que não teve o nome revelado – foi resgatada na cidade de Bermejo, no sul da Bolívia, em uma operação conjunta das autoridades argentinas e bolivianas.
Ela foi encontrada pela polícia junto ao filho, que teria entre 9 e 13 anos.
“Eles viviam como escravos, em condições extremamente precárias no fundo de uma garagem em que eram mantidos trancados com cadeado duplo, sem documentos”, diz um trecho da reportagem.
Ambos estavam abaixo do peso ideal, principalmente a mulher.
A vítima, que hoje tem 45 anos, desapareceu quando era adolescente. E, segundo o “Clarín”, foi levada para um prostíbulo na Bolívia por uma rede de tráfico de seres humanos.
“Quando tinha 13 anos, ela foi levada de Mar del Plata [sua cidade natal, na Argentina] para a Bolívia, com promessas de trabalho e bem-estar.”
Ainda de acordo com o jornal, a vítima foi enganada por um boliviano de cerca de 50 anos que namorava sua irmã mais velha – e também foi levada para o prostíbulo-, mas conseguiu fugir três meses depois.
Ao regressar, ela denunciou o caso, mas não soube indicar o local exato do cativeiro, onde sua irmã ainda estava.
O paradeiro dela era desconhecido até o início deste ano, quando as autoridades receberam uma denúncia anônima indicando que ela estaria na cidade boliviana de Bermejo, perto da fronteira com a Argentina.
“Ela disse às autoridades bolivianas que queria voltar para a Argentina com seu filho, mas que a mulher para quem trabalhava não permitia e retinha os documentos de ambos”, explica o artigo do “Clarín”.
Agora a mulher está reunida com a família em Mar del Plata, sua cidade natal. G1