O proprietário de um lava-jato, de 48 anos, foi preso pela Polícia Civil, em Campo Grande, acusado de estuprar e engravidar a filha. A investigação ocorre desde novembro de 2017 e, nessa sexta-feira (30), o homem foi encaminhado ao presídio. Ele já foi indiciado, forneceu material genético para exame de DNA, porém, nega o crime.
“Nós recebemos uma denúncia pelo Disque 100 e, na época, a menina estava com 14 anos. Ela ficou grávida um ano antes, conforme a investigação. Questionada, ela primeiro negou o crime e chegou a inventar uma pessoa, com quem teria um relacionamento. Houve contradições e até a mãe dela comentou que ela não saía de casa”, afirmou ao G1 a delegada Anne Karine Trevisan, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca).
Enquanto faziam buscas, os policiais não encontravam o suposto namorado da menina. “Eles não encontravam a casa deste rapaz. E ela também falava com muita raiva desta pessoa, que seria o pai da criança. Eu pedi novas intimações, como os irmãos da adolescente, que já são adultos. A menina foi junto e, desta vez, confessou que era abusada pelo pai desde os 12 anos”, explicou Trevisan.
Durante depoimento, a irmã mais velha também ressaltou que “sempre estranhou o jeito dele com ela”, já o pai obrigava esta jovem a fazer compras com a mãe, sempre em lugares distantes da casa. “Quando elas retornavam, esta irmã comentou que a casa sempre estava fechada. Ela então ficou grávida e a descoberta do caso ocorreu somente agora, após 2 anos”, falou a delegada.
O caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar. “A menina já está abrigada com o bebê, há uma semana. Neste período, ele convivia normalmente com a família. Em um primeiro momento, ele se recusou a fornecer o material genético. O homem, que não possuía antecedentes criminais, foi indiciado por estupro de vulnerável. Ele ainda terá o agravante pelo fato de ser o pai da menina”, finalizou a delegada. G1