Seu corpo será velado na Sala dos Poetas Românticos, no Petit Trianon, a partir das 10h de quarta-feira, dia 12. O sepultamento está previsto para o mesmo dia, às 15h, no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
O acadêmico deixa viúva, Maria Lucia Charnaux Jaguaribe, e cinco filhos, Anna, Roberto, Claudia, Beatriz e Isabel.
O Presidente da ABL, Marco Lucchesi, afirmou: “Helio Jaguaribe foi um dos últimos grandes intérpretes de nosso país. Estudou o Brasil para transformá-lo, mediante uma abordagem desenvolvimentista, com a fundação do Iseb (Instituto Superior de Estudos Brasileiros), nos anos cinquenta”.
Lucchesi disse, ainda, que “para Helio Jaguaribe, ação e pensamento permanecem indissociáveis, como Darcy Ribeiro e Celso Furtado, que o precederam na cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras. Cientista político de alta erudição e consciência vigilante, deixou obra vasta e criativa. Cito apenas dois títulos: ‘A dependência político-econômica da América Latina’, verdadeiro clássico na área, e ‘Um estudo crítico da história’, divisor de águas da interpretação do processo histórico publicado em nosso país. Homem de gestos largos e entusiasmado, Helio continua vivo pelas virtudes de sua obra, saudosa do futuro”.
Nono ocupante da cadeira número 11 da ABL, Helio Jaguaribe foi eleito em 3 de março de 2005, na sucessão de Celso Furtado, e recebido em 22 de julho de 2005, pelo acadêmico Candido Mendes de Almeida. IstoÉ