A pesquisa do Ibope desperta o sinal de alerta na campanha do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT), que colocou a sua candidatura abaixo da candidatura do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Conforme dados divulgados pelo G1 Mato Grosso do Sul, o tucano tem 39% das intenções de voto, contra 24% do magistrado. Mesmo diante desse cenário de desvantagem, Odilon evitou manifestar publicamente a sua preocupação.
O candidato disse que os números divulgados não representam a realidade e que ele confia mais nos dados do Instituto de Pesquisa Resultado, que tem dois endereços em Campo Grande, do que no Ibope, conhecido nacionalmente. Conforme publicado pelo jornal Impacto MS, no levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), registrado no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) sob o número 04794/2018, Odilon lidera com 16,25%, seguido do atual governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), com 12,75%, na espontânea.
Além de questionar o resultado divulgado pelo Ibope, o magistrado também questiona seu índice de rejeição, de 15%. “Todas as pesquisas que foram feitas contemporaneamente me colocam na frente. A gente gostaria de repercutir essa que foi pelo Instituto de Pesquisa Resultado. Não muda em nada minha campanha. Nessa do Ibope minha rejeição se inverte, colocaram surpreendentemente 15%, sendo que sempre foi 3% e 4%. Em vários municípios eu estou na frente”, destacou.
Conforme os dados do G1MS, a rejeição de Odilon é a quarta maior do Estado. Azambuja tem 26% de rejeição, Marcelo Bluma tem 19%, João Alfredo (Psol) segue abaixo de Odilon, com 15%, assim como o deputado Junior Mochi (MDB). Humberto Amaducci (PT) é que possui o menor índice de rejeição, 14%. A pesquisa do Ibope foi a primeira realizada após o término do prazo para registro de candidatura.
Na busca pela reeleição, Azambuja comentou que o resultado de 39% das intenções de voto no Ibope é consequência do seu trabalho à frente do Executivo estadual. “Nosso ritmo de trabalho tem sido uma média de visita em três municípios diariamente, pois queremos apresentar a nova etapa do nosso plano de governo. No entanto, tenho convicção de que nosso crescimento nas pesquisas é resultado da análise apurada da população e do trabalho que desenvolvemos nesses quase quatro anos. Na pré-campanha, o eleitor ainda estava preocupado com a Copa do Mundo”, observa Azambuja.
Último a entrar na disputa pela administração de Mato Grosso do Sul, Junior Mochi justificou o mau desempenho na pesquisa com o pouco tempo como candidato. “Eu sou reconhecido como deputado estadual, e na proporcional não preciso disputar com ninguém, pois os eleitores conhecem minha trajetória. Agora, para governador, é a primeira vez, portanto, o desafio é maior, mostrar que temos condições de assumir a administração do Estado. A pesquisa foi realizada poucos dias após eu ter registrado minha candidatura ao governo”, observa.