Depois de 15 anos de casado, Marcelo descobriu, por um exame de DNA, que os dois filhos não tinham seu sangue. O drama familiar envolve a separação da esposa e a retirada da paternidade das crianças. Anos depois, o pai, que nunca deixou de ter contato com a filha, volta a ter o nome no registro de nascimento dela.
Tudo começou após a constatação de que não era o paio biológico das crianças. Além disso, a pressão financeira exercida pela ex-esposa fez com que Marcelo tomasse a medida de solicitar a exclusão de seu nome e de sua paternidade do registro de nascimento dos filhos. Depois de 13 anos da decisão judicial, Marcelo voltou atrás e decidiu, por amor, fazer o reconhecimento socioafetivo da filha Melissa*. A ação foi proposta neste mês na Justiça Itinerante de Campo Grande e, para surpresa e felicidade de Marcelo, ele já saiu do ônibus com a decisão do juiz nas mãos.
Mesmo depois ter tomado a decisão de não ser o pai das crianças no papel, o convívio com os filhos continuou. O pai afirma que sofreu com a alienação parental praticada pela mãe, mas ainda assim passava fins de semana, datas comemorativas e fazia até viagens de férias com os filhos. “Essa coisa de alienação parental é algo terrível. Com a Melissa foi mais fácil e sempre tivemos uma boa convivência. Inclusive, eu sempre ajudei financeiramente e até hoje ajudo. Mas com o Miguel não era fácil. A mãe sempre mexia com a cabeça dele, no intuito de distanciá-lo de mim”, explicou. Miguel é o filho mais velho e faleceu em um trágico acidente.
A relação entre pai e filha continua forte. Ela saiu do estado para cursar uma faculdade e a mudança foi toda feita pelo pai. Ele também reformou um carro e deu de presente para filha, para facilitar o dia a dia na nova cidade.
*O nome dos personagens da matéria foi trocado para manter a identidade e privacidade das fontes.
(informações do TJ-MS) Midiamax