Uma grávida da Bahia deu à luz gêmeas siamesas na manhã desta quarta-feira (22), no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. Segundo a assessoria de imprensa da unidade de saúde, as recém-nascidas, que são unidas pelo tórax e abdômen, estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal em estado grave, porém estável. Ambas respiram com auxílio de oxigênio inalatório. A mãe passa bem.
Ainda de acordo com o HMI, as irmãs nasceram na 37º semana de gestação e compartilham apenas o fígado. Juntas, elas pesam 4,785 kg. Uma delas possui uma cardiopatia cianogênica grave. O problema precisará ser corrigido, mas, de acordo com o hospital, o procedimento não é realizado em Goiás.
O G1 entrou em contato, por email, com a Secretária de Saúde do Estado de Goiás (SES-GO) para saber sobre onde e como essa cirurgia pode ser realizada e aguarda retorno.
A mãe das crianças, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, chegou de Salvador com o marido na última segunda-feira (20). Ela está internada na enfermaria da Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do HMI. O quadro de saúde dela é considerado bom.
Segundo o hospital, não há previsão de alta tanto para a mãe, quanto para as recém-nascidas.
Referência
O HMI é considerada unidade de referência no parto de siameses. É o único hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) habilitado para realizar cirurgias de separação. Já foram registrados 38 casos, com 18 separações.
O último parto de siameses havia ocorrido em 23 de maio deste ano. Uma empregada doméstica do Tocantins deu à luz a duas meninas unidas pela cabeça, tórax e parte do abdômen. As bebês morreram duas horas depois.
O primeiro caso de separação de siamesas ocorreu em 2000. Larissa e a irmã Lorrayne nasceram em setembro de 1999 em Goiânia. As gêmeas eram unidas pelo abdômen e pela pelve, compartilhando rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. Elas foram separadas aos 10 meses de vida. G1