Aposentados devem usar antecipação do 13° para pagar contas em atraso

O pagamento da primeira parcela do 13º dos aposentados e pensionistas, que começa no dia 27 de agosto e segue até o dia 10 de setembro, deve ajudar a movimentar a economia de Mato Grosso do Sul. Dos R$ 230 milhões que serão liberados no Estado, cerca de R$ 69 milhões serão usados para pagamentos de contas em atraso.

Segundo a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias, além do retorno do montante à economia em forma de pagamento de contas, a expectativa é que também haja uma boa movimentação no comércio.

“Desse total, estima-se que haja uma movimentação no comércio de bens e serviços superior a R$57,5 milhões, de forma gradativa”, explica a economista.

O valor da antecipação é de até 50% do 13º e a cobrança do Imposto de Renda será feita somente no pagamento da segunda parcela, que vai acontecer em novembro. Tem direito ao benefício quem recebeu durante este ano aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão ou salário-maternidade.

Os idosos e pensionistas representam uma parcela significativa na economia brasileira e também do Estado. Segundo dados do IBGE, eles são quase 5% da população de Mato Grosso do Sul e contribuem para o desempenho econômico.

“Nas pesquisas em anos anteriores, nota-se que há uma predisposição principal de utilização do 13º salário, desse grupo de pessoas, para o pagamento de contas atrasadas (entre 28% e 35%), seguido pelas despesas de início de ano (entre 9% e 11%), poupança (entre 18% e 20%) e por gastos com comemorações e presentes (entre 16% e 21%). Dos gastos com presentes, mais de 70% dos idosos costumam presentear no Dia das Crianças e quase 60% a despender gastos com comemorações do final do ano”, afirma Daniela Dias.

Para o presidente do IPF-MS, Edison Araújo, “essas estimativas são animadoras para o empresário do comércio do Estado e é um incentivo para que o setor se prepare para atender às necessidades desse segmento, cada vez mais relevante na economia e com poder de compra”. Correio do Estado

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