A repórter Laura Zago, da CBF TV, foi mais uma profissional a sofrer assédio na Copa do Mundo da Rússia enquanto trabalhava. Um torcedor tentou beijá-la quando ela gravava antes do jogo entre Brasil e Sérvia, na última quarta-feira, em Moscou.
Neste sábado, a CBF, em uma rede social, postou a imagem e um texto da jornalista. Nele, a repórter disse que foi a terceira vez que esse tipo de episódio aconteceu com ela no Mundial.
Veja o vídeo:
No post a jornalista diz “Eu não fui a primeira e, infelizmente, não serei a última a passar por esse tipo de constrangimento.
Não é que aqui na Copa do Mundo isso esteja acontecendo, acontece sempre. Aconteceu comigo 3 vezes nesta Copa, mas já aconteceu com colegas de profissão no Brasil.
Um foi brasileiro, esse do vídeo sérvio e o outro russo. Só sei que consegui desviar em todas as situações. O que algumas pessoas precisam entender que isso não é engraçadinho, não é piada e não é uma brincadeira no momento de êxtase do jogo.
É um desrespeito, eu estudei, me preparei, cheguei aqui na Rússia e não é pra ficar sendo desrespeitada durante o meu trabalho. Isso não tem graça.
E achar isso normal é corroborar com uma ideia machista que mulheres estarão sempre à mercê desse tipo de atitude.
Gritar o nome do time, fazer festa durante o nosso trabalho faz parte do evento, é normal, natural e aceitável, o futebol tem esse momento de alegria e êxtase.
E que bom! Mas há uma distância bem grande entre você fazer uma festa e ser assediada. Não é isso que vai me parar de correr atrás dos meus sonhos, mas precisamos falar sobre assédio.”.
Assédio contra mulheres que estão trabalhando tem acontecido na Copa do Mundo. A repórter Júlia Guimarães, do Grupo Globo, foi vítima no último domingo (24) , antes do jogo entre Japão e Senegal, em Ecaterimburgo, na Rússia. Um torcedor tentou beijá-la. Na ocasião, ela relatou que foi a segunda vez que aquilo ocorreu com ela no Mundial.
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