A suspeita da polícia é de que o suspeito de matar um casal, em Poxoréu, a 259 km de Cuiabá, no mês passado, tenha arrancado a mão direita e o dedo polegar direito na intenção de fazer saques das contas bancárias das vítimas.
O suspeito do crime é Claudemir Martins Mendes, de 57 anos, que foi preso nessa quarta-feira (6), em Guiratinga, a 334 km de Cuiabá.
À polícia, ele confessou o crime e ter roubado o cartão de banco das vítimas, mas negou ter cortado a mão e o dedo para fazer os saques.
Dirson Francisco Rosa, de 80 anos, e a mulher dele, Noemia de Lima da Silva, de 57, foram mortos na chácara onde moravam, em Poxoréu.
Ela foi encontrada morta caída no pasto, sem a mão direita, e Dirson, que estava sem o polegar da mão direita, foi encontrado coberto por mato, no último dia 27. “Os corpos estavam em avançado estado de putrefação, então não sabíamos exatamente a data do crime”, disse o delegado Rafael Fossari, da Polícia Civil.
Conforme o delegado, as vítimas foram mortas com golpes de foice.
“Em diligências, a polícia descobriu que o celular das vítimas estariam sendo usados em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá) e conseguiram localizar a pessoa que estava com o celular e essa pessoa disse que adquiriu o telefone de um usuário de drogas, por R$ 60, e essa pessoa apontou outro elemento, até que chegamos a ele, em Guiratinga”, afirmou.
Após a prisão, o suspeito foi levado para a delegacia de Primavera do Leste, a 239 km da capital, onde ele prestou depoimento e confessou ter matado as vítimas.
“Ele não sabe explicar exatamente como aconteceu. Disse que conheceu a dona Noêmia em um ponto de parada de ônibus em Poxoréu, pegou o número de telefone dela. Uns três dias depois, ligou para ela para pedir emprego e chegando lá resolveu matar os dois, subtraiu o celular e o cartão do banco. Foi até o banco em Rondonópolis e efetuou dois saques”, contou o delegado.
Claudemir é acusado de matar outro casal, em 2010, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Ele chegou a ser preso, mas fugiu da Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa, a “Mata Grande”, em 2012.
Os corpos das vítimas foram localizados depois que um vizinho notou o sumiço deles. Essa testemunha chamou a Polícia Militar e a Polícia Civil. Uma equipe da Perícia Técnica também foi chamada. G1