O preço da batata, afetado pela indisponibilidade causada pela greve dos caminhoneiros, assustou consumidores em Campo Grande. A dona de casa Izabel dos Santos Lima, 47 anos, chegou a fotografar e postar na internet o cartaz anunciando o tubérculo por R$ 10 o quilo.
“Eu costumo fazer bastante sopa no frio para comer refeições mais leves, principamente a noite. Fui ao mercado, queria comprar para o fim de semana. Cheguei lá e desisti. Só a batata que está esse horror. É um absurdo isso”, afirma.
O estabelecimento em questão fica na Avenida dos Cafezais. Segundo ela, o local estava bem abastecido de todos os produtos e os preços não estavam tão altos como o da batata. “Todo mundo assustou, ninguém acreditou”, disse.
Ceasa – A greve dos caminhoneiros continua repercutindo nos estoques da Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul). Além dos estoques da batata e da laranja estarem zerado, já estão quase em falta também a cebola e a batata doce. Este último dobrou de preço.
De acordo com Nivaldo Cantero Gonzalez, da Divisão de Mercado, a batata doce é a principal substituta da inglesa e com o estoque no fim, a saca que saía por R$ 25 já custa R$ 50. “Amanhã já acaba”, afirma.
A cebola também já está em falta em alguns dos boxes. A saca de 20 kg que custava R$ 55 na segunda-feira (21), 1º dia da paralisação nacional, hoje custa R$ 90 – variação de 63%.
O preço das frutas também sofreu inflação. A caixa com 18 kg de maça passou de R$ 50 para R$ 60 (aumento de 20%) e caixa de 15 kg de maracujá teve exatamente a mesma variação. Já a caixa com 20 kg de mamão passou de R$ 35 para R$ 40 (acréscimo de 14%). Campo Grande News