Postos de combustível vendem gasolina sem impostos por menos de R$ 3,00

Sem imposto, combustível é vendido em posto do DF por R$ 2,98 (Foto: Reprodução/TV Globo)

Sem imposto, combustível é vendido em posto do DF por R$ 2,98 (Foto: Reprodução/TV Globo)

No quarto dia de paralisação de caminhoneiros no Brasil, motoristas enfrentam longas filas nos postos de combustível e chegam a pagar R$ 9,99 pelo litro de gasolina. Na contramão dos aumentos de preço, alguns estabecimentos organizam, nesta quinta-feira (24), o ‘dia sem imposto’: vendem o produto sem taxação a menos de R$ 3. O movimento é motivado pela campanha “Dia da Liberdade de Impostos”, organizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDJ).
Na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais, um posto vende o litro de gasolina por R$ 2,10 – um desconto de mais de 50% em relação ao preço usual. “O objetivo principal deste dia é mostrar ao brasileiro que até hoje ele trabalhou para pagar imposto”, afirma o presidente da CDL. A entidade afirma que quer incentivar a população a cobrar do governo que os tributos sejam revertidos em investimentos para os cidadãos.

No mesmo estado, um posto de Belo Horizonte está cobrando R$ 2,281 por litro – um desconto de 47,96% em relação ao valor normal. A ação é limitada aos primeiros 120 automóveis e 65 motocicletas que forem as estabelecimento. É preciso pagar em dinheiro. Em Varginha (MG), o litro está sendo vendido a R$ 2,34.

Em Natal, um posto que vendia o litro da gasolina a R$ 4,59 está cobrando R$ 2,60 – também como forma de protesto contra as taxações estaduais e federais sobre o produto. Para participar da promoção, cada cliente pode abastecer até 25 litros e precisa fazer o pagamento em dinheiro. Pela manhã, já se formavam filas no estabelecimento.

A redução de preços também ocorre em um posto do Distrito Federal, que vende o litro a R$ 2,98. A fila começou a se formar durante a madrugada. Para poder abastecer por esse valor, o limite de gasolina por cliente é de 20 litros.

“Eu me sujeitei a vir em função do protesto anual contra os impostos e porque a gasolina está um preço absurdo. Eu cheguei pouco antes das 4h”, disse o servidor público Ramon Santana, que decidiu enfrentar a longa espera no posto.

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