Mesmo tendo recebido alta médica, o jovem Dionathan Celestrino, 21 anos, que ficou conhecido como “Maníaco de Cruz” depois de cometer uma série de assassinatos, continua hospedado no 5º andar da Santa Casa de Campo Grande. Segundo o diretor técnico do hospital, Luiz Alberto Kanamura, não há previsão para que ele saia da instituição.
Durante coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira (12) no hospital, Kanamura e o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, falaram sobre as condições da permanência do jovem na instituição médica.
Conforme explicações de Teslenco, cabe as Secretarias de Saúde e Justiça decidirem o futuro de Dionathan. “O departamento de a psiquiatria do hospital tem se manifestado colocando a situação dele como não adequada permanecer no hospital. Isso foi colocado para a Secretaria Estadual de Saúde e também para a Justiça”, disse Teslenco.
Enquanto essa solução burocrática não chega, o “Maníaco” ocupa uma enfermaria do 5º andar do hospital com três leitos, mesmo local onde estão internados pacientes de urologia, cirurgia vascular e clinica médica.
Dionathan recebe assistência do hospital, o que causa transtornos e custos, segundo Kanamura. Para o presidente, a instituição não é o melhor local recomendado para a permanência dele. “Ele não está internado, ele está hospedado na Santa Casa porque não tem local adequado para seu destino”, revela o médico.
Ainda de acordo com o diretor técnico da Santa Casa, o custo médio de paciente normal em internação, que recebe medicação, gira em torno de R$ 45 mil por mês. No caso de Dionathan, esse custo pode ser maior por causa da diferenças de medicamentos.
“Ele não foi diagnosticado como tendo doença psiquiátrica, mas sim como transtorno de personalidade, que não possui tratamento específico. O custo dele não da para ser mensurado porque não é paciente comum. personalidade psicopata não tem tratamento. Ele recebe estabilizantes de humor e ansiolíticos, mas são remédios que ele pode tomar em qualquer lugar”, avalia.
O médico explica que o jovem não pode ficar enfermaria terapêutica psiquiátrica comum, já que Dionathan é considerado um psicopata e poderia influenciar atitudes de outros pacientes. O Maníaco recebe visitas familiares, entre elas a da mãe, e não sai de dentro do quarto.
“O custo maior que o hospital tem é social, já que temos três leitos bloqueados, envolvendo policiais militares dentro do recinto, onde tem outros pacientes internados. Os custos são de medicamentos, focados em estabilizar a permanência dele aqui e não para tratamento do transtorno”, finaliza. G1