Na manhã desta segunda-feira, 23 de abril, ocorreu o júri popular do assassino confesso, Flávio Gonçalves Rodrigues. Flávio cometeu o homicídio contra João Vieira Santiago e ainda, em seguida, com o uso da mesma arma, uma tentativa de homicídio, em uma boate na cidade de Paraíso das Águas, no dia 17 de julho de 2017. Logo após ele foi preso.
Segundo a acusação, Flávio e Raimundo Nonato Ferreira de Souza estavam discutindo na boate, quando João Vieira Santiago interveio na discussão e acabou sendo esfaqueado por Flávio, que morreu. Em seguida o homicida teria corrido atrás de Raimundo e teria lhe ferido nas costas com uma faca, a mesma que utilizou para esfaquear João, mas a segunda vítima, Raimundo correu e conseguiu escapar.
A acusação foi realizada pela Promotora de Justiça Drª Fernanda Proença de Azambuja, que ainda pediu a desqualificação de homicídio por meio cruel, já que não houve tortura da vítima, mas apontou que o assassino teve claramente a vontade de matar. Três facadas atingiram João Vieira Santiago, uma no coração, uma no pescoço, que atingiu a veia carótida e uma em um dos membros, o que aponta a reação de defesa da vítima.
Pediu a promotora a qualificação de homicídio e tentativa de homicídio simples. O jurado não acatou a defesa do Defensor Público e acabou entendendo as razões da promotora e condenou o réu.
Ao final, o Juiz, na presença do assassino leu a sentença, dando-lhe oito anos e dois meses de reclusão em regime fechado, sendo seis anos pelo assassinato, confessado e dois anos e dois meses pela tentativa de homicídio. Ele não teve direito a prestar serviços à comunidade porque o crime foi por meio de violência.
O júri foi composto por quatro homens e três mulheres. Jovemsulnews / Norbertino Angeli