Na hora em que o gás de cozinha acaba, o consumidor de Mato Grosso do Sul sente o quão caro está esse produto. A alta acumulada em um ano já chega a 20%, dez vezes acima da inflação registrada no mesmo período. O preço, que chegou às alturas, obrigou a Petrobras a reduzir duas vezes consecutivas os valores às distribuidoras.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o gás de cozinha é vendido, na média deste mês, por R$ 75,27 em Mato Grosso do Sul. O menor preço, verificado em Três Lagoas, é de R$ 58. Em Corumbá e Nova Andradina, há o maior valor, de R$ 90.
O preço máximo é 20% superior ao de abril do ano passado. Na época, o gás custava até R$ 75 nos municípios de Mato Grosso do Sul, conforme os dados da ANP.
Os R$ 15 de diferença fizeram com que o estado passasse a ter o sexto maior preço do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso (onde o gás chega a custar R$ 120), Pará e Tocantins (ambos com valor máximo de R$ 95), Minas Gerais (R$ 92) e Roraima (R$ 91).
O preço do gás de cozinha tem subido acentuadamente em todo o País. Isso obrigou a Petrobras a reajustar para baixo os valores nas distribuidoras. Os reajustes são trimetrais e as quedas foram de R$ 24,38 para R$ 23,16 no dia 19 de janeiro e para R$ 22,13 em 5 deste mês. A variação é de 9,22% no período.
Mesmo com a queda nas distribuidoras, os preços no varejo continuam alto. A alta de 20% em Mato Grosso do Sul é dez vezes maior que a variação do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), calculado pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), da Uniderp. No acumulado de 12 meses, a inflação, medida por esse índice, é de 1,96%. Campo Grande News