A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse neste sábado (data local) que “não há alternativa praticável ao uso da força” na Síria, ao confirmar o envolvimento militar de seu país na ofensiva conjunta adotada contra o regime de Bashar al Assad na Síria.
A líder conservadora indicou que se esgotaram “todos os canais diplomáticos possíveis” antes de concordar com os Estados Unidos e a França para executar uma ação coordenada em resposta ao suposto ataque cometido por Assad com armamento químico no sábado passado na cidade de Duma.
“Este modelo persistente de comportamento deve ser freado, não só a fim de proteger inocentes na Síria de mortes e baixas espantosas ocasionadas por armas químicas, mas também porque não podemos permitir a erosão da norma internacional que evita o emprego dessas armas químicas”, afirmou May em comunicado.
A chefe do Executivo britânico justificou o envolvimento das forças armadas do seu país na ação militar coordenada com seus aliados norte-americanos e franceses para “degradar e dissuadir o uso de armas químicas por parte do regime sírio”.
Nesse sentido, especificou que a intervenção militar coordenada, cujos alvos são as capacidades de armamento químico de Assad, “não se trata de intervir em uma guerra civil, nem de uma mudança de regime”.
A ofensiva constitui, segundo destacou, “um ataque limitado e dirigido para que não escale as tensões na região e que faça todo o possível para evitar baixas civis”.
Segundo May, essa ação militar enviará ainda “uma clara mensagem” a qualquer um que acredite que pode empregar armamento químico “com impunidade”.
“É a primeira vez, como primeira-ministra, que tive que tomar a decisão de comprometer nossas Forças Armadas em combate e não é uma decisão que tenha tomado superficialmente”, admitiu.
“Fiz isso porque considero que esta medida redunda no interesse nacional do Reino Unido”, reforçou.
May ressaltou, além disso, que não se pode permitir que o uso de armamento químico “se normalize, seja na Síria, nas ruas do Reino Unido ou em qualquer outro lugar do mundo”.
A mensagem da premiê britânica foi divulgada pouco depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que a ofensiva conjunta contra o regime de Bashar al Assad já estava acontecendo.
O presidente americano revelou que os alvos da ofensiva são as “capacidades de armamento químico” de Assad, acusado pelo ataque sobre Duma no sábado passado, que deixou dezenas de mortos, muitos deles crianças. Midiamax