Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira será o novo presidente do BNDES

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, será o novo presidente do BNDES. A decisão foi tomada em reunião neste sábado (31) no Palácio do Jaburu e compõe o desenho da nova equipe econômica do governo, que deve ser fechado até domingo (1) pelo presidente Michel Temer.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, vai assumir o comando da pasta no lugar de Henrique Meirelles, que deixará o cargo para tentar viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto, enquanto o secretário-executivo do Planejamento, Esteves Colnago, deve ser promovido a ministro, com o objetivo de manter a atual condução da área.

A composição final da equipe econômica deve ser fechada neste domingo, após reunião entre Meirelles e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), que tem influência no Planejamento e patrocinou a ida de Dyogo para o comando do BNDES, um dos principais braços de liberação de recursos neste ano eleitoral.
Meirelles queria fazer Guardia seu sucessor e indicar o secretário Mansueto Almeida (Acompanhamento Fiscal) para o Planejamento, mas os planos do ministro esbarraram nos de Jucá. Na conversa deste domingo, ambos vão fechar justamente o comando da pasta que era comandada por Dyogo.

O senador trabalhou para empossar Dyogo no banco estatal contanto que o sub do ministro, Colnago, assumisse o Planejamento.

De acordo com aliados, Meirelles não vai insistir na nomeação de Mansueto e, portanto, deve prevalecer o projeto de Jucá.A ida de Dyogo para o BNDES agrada ao Planalto, que o vê como uma pessoa de sua confiança, capaz de reverter a fragilidade institucional enfrentada pelo banco após as denúncias envolvendo operações com a JBS e as empreiteiras da Lava Jato.

Dyogo terá como um dos objetivos pacificar a relação do banco com as instâncias de controle, como o TCU (Tribunal de Contas da União).Além disso, deverá ampliar a interlocução com o setor privado, fundamental para fazer deslanchar as concessões de infraestrutura hoje emperradas.

Caberá ao BNDES, nesta estrutura, viabilizar essas concessões e garantir o financiamento na parte mais crítica dos projetos, no seu início. Depois disso, o banco deverá coordenar a troca para o financiamento privado, via operações financeiras como a securitização de recebíveis.

Como informou o “Painel”, da Folha de S. Paulo, neste sábado (31), para fechar a equação que envolvia a indicação da cúpula do PP -e, consequentemente, o ciclo da equipe econômica-, Temer aceitou a ascensão do vice-presidente de Habitação, Nelson Antonio de Souza, ao comando da Caixa Econômica Federal.
O atual presidente, Gilberto Occhi (PP), vai para o Ministério da Saúde. Folha Press

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