O Cassilândia Urgente havia adiantado na semana passada que a JBS faria o último abate de reses na sexta-feira, 16 de março, o que acabou se confirmando.
Neste instante representantes do sindicato dos trabalhadores do frigorífico estão reunidos com Jair Boni no gabinete do prefeito para discutir uma saída. “Na condição de prefeito, preciso da ajuda de todos, pois em primeiro lugar temos que pensar nas famílias dos trabalhadores e estou fazendo tudo que está ao meu alcance para resolver a questão da reabertura do frigorífico”, disse o prefeito, acrescentando que “não é hora de torcer contra Cassilândia, mas de união em torno dos empregos dos trabalhadores e de uma vida melhor para todas as nossas famílias”.
O prefeito Jair disse ao site que está contando com o apoio dos senadores Waldemir Moka e Simone Tebet para resolver pendências junto ao CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica – e Ministério da Justiça para que a empresa possa voltar a funcionar também em outros municípios brasileiros, pois de acordo com informações, vários frigoríficos da JBS estão encerrando as suas atividades.
A solução que o prefeito quer é para se manter os cerca de 620 empregos que beneficiam trabalhadores de Cassilândia, além da geração de renda. Uma saída seria a venda do frigorífico para outro grupo empresarial, uma vez que o prédio em que se encontra a JBS é arrendado.
Dívidas e diretores presos
A holding J&F, que controla o JBS, devia no ano de 2017 cerca de R$ 12 bilhões somente aos bancos, tendo uma dívida total estimada de R$ 50 bilhões junto a fornecedores e órgãos oficiais pertinentes a tributos e direitos trabalhistas.
No ano passado, o grupo que possui dezenas de frigóricos no Exterior, para onde levou mais de 80% de seu capital, sem honrar seus compromisso com o BNDES, onde contraiu empréstimo superior a R$ 8 bilhões, teve um faturamento mundial de aproximadamente R$ 170 bilhões. Devido também a crimes praticados, os diretores da JBS, Joesley e Wesley Batista estão presos e respondendo a processo na Justiça.
A solução para a JBS de Cassilândia
O prefeito Jair Boni está contatando os representantes políticos da cidade no Congresso Nacional para buscar essa solução de renegociação das pendências junto aos órgãos oficiais, o que iria proporcionar a compra do frigorífico por outro grupo empresarial, uma vez que quem compra os ativos também arca com os passivos, isto é, as dívidas e suas consequências.
Os próximos dias serão cruciais para os centenas de trabalhadores da JBS de Cassilândia. Como o grupo JBS cometeu o deslize de fechar a empresa, cabe agora a um outro grupo, com um bom empurrão político local, assumir a empresa e manter os empregos tão necessários para saúde econômica do município. Da redação e reportagem local