O Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) recebeu R$ 285,7 milhões de recursos em 2016, número que caiu para R$ 132,4 milhões em 2017. A queda nos investimentos é de mais de 53%.
O Sistema começou a ser implantado em 2013, e atualmente cobre uma extensão de 650 quilômetros da fronteira do Estado, nos limites com a Bolívia e o Paraguai. A área corresponde a apenas 4% de todas as fronteiras do país.
O curso para que o projeto fosse implantado em toda a fronteira nacional seria de mais de R$ 11,9 bilhões. Por isso, a previsão de que essa defesa íntegra seria instituída até 2022 – agora a previsão é de que só ocorra em 2035.
Neste ano, o governo previu um orçamento para o Sisfron de R$ 391,5 milhões – uma redução de 16% frente aos R$ 449,7 de investimentos previstos em 2017, a grande maioria não utilizados por causa de cortes e contingenciamentos.
Proteção comprometida
Para o comandante do Exército Brasileiro, esses cortes comprometem o Sisfron. “De uma maneira geral, muitos dos causadores do problema de segurança pública nas grandes cidades passam pelas fronteiras”, afirma.
“É essencial mantermos as fronteiras sob vigilância. Precisamos aplicar a tecnologia, um sistema avançado, que permita o monitoramento”, conclui.
Redes de sensoriamento, centrais de comando e integração com a Polícia Federal fazem parte dos investimentos do Sisfron. Além da fronteira, o sistema garante o monitoramento de uma área de 150 quilômetros de largura. Midiamax