‘Nosso bebê nasceu com 1,44m, 40 quilos e…10 anos’, diz pai em post que viraliza nas redes sociais

Rafael e Tatiani são pais do menino de 10 anos (Foto: Arquivo pessoal)

Post sobre adoção viralizou nas redes sociais e casal não descarta adotar mais crianças. Rafael e Tatiani são pais do menino de 10 anos (Foto: Arquivo pessoal)

A chegada do filho pela primeira vez à casa de Rafael não foi no colo da mulher, Tatiani. Segurado pela mão, o menino de 10 anos, deu os primeiros passos oficialmente, na nova família, na última segunda-feira (26), quando o casal de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, recebeu a guarda provisória de adoção.

Durante oito meses, o fotógrafo, de 32 anos, e a gerente comercial, de 30, esperaram pelo filho, enquanto faziam a aproximação com o garoto, acompanhados por assistente social e psicóloga do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

“O nosso bebê nasceu com 1,44m, 40 quilos e… 10 anos”, brincou nas redes sociais. “Nossa gestação não foi das mais convencionais, não vimos nossa barriga crescer, mas nosso peito já não aguentava mais de tanto aperto”, contou Rafael na publicação.

A alegria da paternidade transparece na postagem no Facebook que já chega a 85 mil compartilhamentos.

“Espero que esta visibilidade chame atenção das pessoas para a adoção tardia. As pessoas pensam em ter um filho quando tiverem a melhor casa, puderem dar o melhor presente, tudo do mais caro e esquecem que a criança que está em uma casa-lar precisa principalmente de amor. Por mais que lá tenha estrutura para acolhê-la não é uma família e não tem o amor que você pode dar”, comentou.

Adoção tardia

Rafael e Tatiani sempre quiseram ser pais e, pelo estilo de vida que têm atualmente, tinham o desejo de adotar um filho com idade entre três e sete anos e até que tivesse irmãos.

“Temos uma vida corrida e todo processo de gestação e cuidados com a criança nos primeiros meses de vida seria mais difícil para nós nesse momento, por isso, decidimos ter um filho maior que já tivesse certa independência. Quando a assistente social nos falou do perfil da criança, nos interessamos imeditamente”, contou.

A preparação para a chegada do filho começou em junho quando entraram na fila de adoção. “As pessoas tendem a pensar que a espera para adoção pode durar anos, mas não precisa ser assim. A maioria das pessoas têm várias exigências para adotar, principalmente, de que a criança seja recém-nascida. Tudo pode ser mais fácil e rápido, como foi para nós, se elas pensarem diferente”, afirmou.

O casal foi orientado a não mencionar o processo de adoção ao garoto. “Estávamos muito apreensivos em nosso primeiro contato com ele, foi difícil ser racional, eu sou muito emocional. Fomos apresentados como padrinhos afetivos e fomos nos aproximando aos poucos. Ele é um menino muito falante, tem facilidade para fazer amigos e foi tudo muito tranquilo”, contou.

No início, o menino passava apenas os finais de semana na casa de Rafael e Tatiani, até que no fim de dezembro, com a chegada das férias escolares, ele não voltou mais para a casa-lar. “Para nós era muito difícil nos despedir dele. Agora, já está matriculado em uma escola perto da nossa casa e pode ficar conosco para sempre. A chegada do meu filho é uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida”, comemorou.

Gestação

A espera, que Rafael prefere chamar de gestação, também teve um nascimento. “As nossas dores de parto foram as angustiantes semanas de espera por decisões burocráticas.E hoje, o nosso parteiro foi um juiz, sentado em uma cadeira, que assinou um papel e o nosso filho, finalmente, está em nossos braços”, escreveu também no Facebook.

Entusiasmado com a chegada do filho, Rafael já faz planos. “Já temos todos os direitos e deveres de pais. Em breve, devemos ter a guarda permanente. Neste tempo em que nos preparamos tivemos contato com outras crianças na casa-lar e não está descartado que, no futuro, adotemos novamente”, disse.

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