Líder de facção acusado de matar Rafaat é preso pela Polícia Civil no Rio de Janeiro

Galã apresentou documentos falsos aos policiais. – Foto: Divulgação

A Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu ontem, em Ipanema, Elton Leonel Rumich da Silva, de 34 anos, o Galã, apontado como chefe do crime organizado e principal fornecedor de drogas e armas para as maiores fações do Brasil.

Ele também é acusado de participar da execução de Jorge Rafaat Toumani, o “rei da fronteira”, ocorrida em ação de guerra no dia 15 de junho de 2016, no município de Ponta Porã. Galã foi detido enquanto fazia uma tatuagem e apresentou documento falso ao policiais, pois estava foragido do sistema penitenciário. 

Após matar Rafaat, tido como principal obstáculo para sua plena instalação na linha entre Brasil e Paraguai, assumiu parcela significativa dos negócios e ganhou posto de liderança no Primeiro Comando da Capital (PCC), passando a fornecer armas e drogas para o grupo, bem como para o Comando Vermelho (CV), apesar da rivalidade histórica.

No ano passado, sofreu tentativa de homicídio em Pedro Juan Caballero, mas apesar de atingido por dois tiros, conseguiu fugir para uma fazenda e se recuperar. Quatro brasileiros que estavam com ele foram assassinados na ocasião. Além dos crimes pelos quais já respondia, será indiciado também por uso de documento falso.

EXECUÇÃO

Rafaat, líder do narcotráfico na fronteira, foi executado em emboscada na noite de 15 de junho,  em Pedro Juan Caballero. Na ocasião, ele seguia para a casa depois de deixar seu escritório, quando teve o veículo abordado por uma caminhonete Toyota ocupada pelos pistoleiros. Os autores usaram uma metralhadora   calibre .50 para perfurar a blindagem do jipe de Rafaat, matando-o na hora.

Houve intensa troca de tiros com os seguranças dele que vinham logo atrás. Nove pessoas foram presas. Oito delas seguranças de Rafaat. Na ocasião, o único “rival” preso foi o brasileiro Sérgio Lima dos Santos, de 44 anos, baleado e abandonado pelo grupo em um hospital. Ele seria ligado ao Comando Vermelho. Correio do Estado

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