O telefone é sempre o mesmo. E é por meio desse número que médicos de Campo Grande estão sofrendo ameaças de extorsão por uma pessoa que se identifica como travesti e exige dinheiro para não tornar supostas relações sexuais públicas, o que poderia prejudicar os profissionais.
Os casos estão sendo chamados de “Golpe da Boneca”, uma referência à forma pejorativa como travestis são chamados na rua.
O último caso levado à polícia aconteceu na tarde desta terça-feira (13), quando um médico de 32 anos procurou a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário da região central para denunciar a tentativa de extorsão.
No caso dele, o suposto travesti exigiu pagamento de R$ 200 por programa de relações sexuais ou iria até seu consultório particular fazer “um barraco”.
O médico disse que, assustado com o caso, fez a transferência para a conta-corrente cujos dados foram passados pelo suposto travesti. Mas, como resposta, recebeu a ameaça de que se mais dinheiro não fosse depositado de 15 em 15 dias, as conversas iriam se tornar públicas.
Caso foi registrado como extorsão e a polícia não havia identificado a pessoa responsável pelas ligações até a publicação desta reportagem. De posse de informações pessoais do dono do telefone usado, ele seria chamado para prestar depoimento.