O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) acatou o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e autorizou novamente a exportação de animais vivo no país. A decisão divulgada neste domingo (4) foi assinada pelo desembargador Fábio Prieto, segundo o qual o Brasil perderia “credibilidade e confiabilidade”, ao reverter a exportação dos animais.
Segundo o desembargador, cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a inspeção dos animais. Na última sexta-feira (2), o juiz federal Djalma Moreira Gomes havia ordenado o desembarque de 25,6 mil bois a bordo do navio Nada, atracado no porto de Santos, e a suspensão de qualquer remessa de gado vivo no exterior. A decisão liminar foi uma resposta ao pedido do Fórum Nacional de Proteção e Defesa do Animal, segundo a qual existe maus-tratos na embarcação Nada.
O gado foi vendido pelo frigorífico Minerva a uma empresa turca, cujo nome não foi revelado. De acordo com a Folha, a AGU alegou que o retorno dos bois ao território nacional demandaria uma operação de 30 dias, 60 pessoas e 820 caminhões. Isso ainda traz o risco de pragas e doenças ao país, já que a embarcação contém alimentos de origem estrangeira. “Podemos garantir que não há maus-tratos. É um ativismo meio fora de controle. Outras empresas podem deixar de comprar do Brasil por causa disso, é um prejuízo comercial intangível”, comemorou o ministro Blairo Maggi. Folha de S. Paulo